VALUATION: Avaliação de Empresas e Startups

“A atratividade de se investir em uma empresa é baseada em sua capacidade futura de geração de riqueza.” … “Uma empresa que demonstra criação de valor traz benefícios não somente aos seus acionistas, mas também a todos os demais agentes intervenientes (stakeholders).”– Alexandre Assaf Neto

A avaliação empresarial (valuation) implica na análise aprofundada da empresa, do seu histórico de resultados, do seu mercado e principalmente de suas perspectivas de crescimento, pois ela será objeto de investimento por outra entidade. O investimento diz respeito à utilidade futura do bem para o seu possuidor e verifica-se em termos da geração de benefícios futuros.

A necessidade da aplicação da avaliação empresarial ou valuation ocorre em diversos momentos, sendo que todos convergem no objetivo único de definir um valor justo para a negociação. Tal valor refere-se ao retorno esperado baseado em projeções de desempenho futuro coerentes com a realidade em avaliação.

A apuração do valor auxilia: na compra ou venda de uma empresa; nos estudos de viabilidade de associações de interesses da empresa; numa expropriação legal; numa partilha entre herdeiros; na determinação das participações sociais; na fusão de duas ou mais empresas; na cisão de uma empresa no todo ou em partes; no aponte parcial em bens de uma empresa para outra; no investimento via fundos de capital de risco (venture capital); no aumento ou diminuição do capital; etc.

Nesse processo, são consideradas variáveis objetivas e subjetivas que podem contribuir para o sucesso ou fracasso do negócio em avaliação e consequentemente, do seu valor venal. Isso fez com que surgissem diversas e diferentes proposições metodológicas para encontrar este valor.

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Avaliação de Empresas

Existe um modelo aceito e consagrado para evidenciar o valor patrimonial da empresa que é o Balanço Patrimonial, mas sua avaliação olha o passado e o presente e na maioria dos casos ele não avalia os intangíveis e o potencial de futuro,. Por isso, são cada vez mais frequentes, as contestações sobre sua real capacidade de mostrar o valor venal desta empresa.

É importante acrescentar que a avaliação não se comporta como uma ciência exata, alguns pontos são controversos e exigem um pouco da opinião do analista. Um viés de percepção ou uma visão diferenciada dos resultados futuros esperados modifica o valor da empresa, muitas vezes de forma relevante.

A avaliação empresarial pode evoluir em duas perspectivas. A primeira considera a hipótese de descontinuidade, desmanche ou liquidação da sociedade. A segunda leva em conta a continuidade da operação.

A primeira forma define o valor patrimonial da empresa. A fonte desta informação é a contabilidade e que, devido a procedimentos e operações contábeis não deve sofrer ajustes para aproximar-se da realidade. A segunda forma define o valor econômico, considerando o potencial de geração de riqueza futura. Nesta visão voltada para o futuro, consideram-se riscos e expectativas do negócio, onde variáveis e projeções de resultado implicam no resultado da avaliação.

Assim, a definição do valor de uma empresa é uma tarefa complexa que requer coerência e rigor conceituais na formulação do modelo de cálculo. Existem diversos modelos de avaliação que possuem pressupostos e níveis variados de subjetividade.

Vários modelos de avaliação podem ser utilizados, todavia o objetivo da avaliação e o objeto avaliado definem o melhor modelo, porém, independente dos modelos utilizados, o valor não será exatamente preciso, mas sim uma predição do valor de mercado.

O método mais consagrado de avaliação de empresas estabelecidas é o Fluxo de Caixa Descontado – FCD, o qual calcula o valor presente dos fluxos de benefícios de caixa previstos no futuro, descontado por uma taxa que reflete o risco do negócio. Para Startups em fases iniciais (onde ainda não há faturamento) costuma-se utilizar outros métodos que costumam ser qualitativos.

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Avaliação de Startups

Para startups com faturamento, a proposição tradicional geral é que, se uma empresa está perdendo dinheiro em todas as transações que realiza, o modelo de negócios não é sustentável. No entanto, isso pode não ser mais verdadeiro, dado que hoje os investidores olham para o potencial a longo prazo e não apenas para as gratificações de curto prazo. Da mesma forma, as abordagens tradicionais de avaliação podem não ser capazes de refletir o valor justo dessas startups de tecnologia. A utilidade que se vê ao investir em uma startup é enigmática e sujeita a um número infinito de questões como, mas … se … A valorização dessas startups continua sendo um mistério.

Não existe ciência exata para calcular a avaliação de uma startup em fase inicial (early-stage) antes que ela tenha gerado lucros significativos ou quaisquer lucros nesse sentido (pre-revenue). O cerne de uma avaliação decorre da luta entre o desejo do empreendedor de o investidor calcular o valor da empresa com base em seu valor futuro e o instinto do investidor em valorizá-la com base em seu valor atual. Nenhuma das abordagens é objetivamente certa ou errada. Na maioria dos casos, a avaliação de uma empresa em estágio inicial fica em algum ponto intermediário. O valor mutuamente acordado geralmente reflete uma série de fatores, incluindo, entre outros: o modelo de negócios, o nicho de mercado, o valor da propriedade intelectual, o número de usuários atuais, o número de clientes atuais, receitas totais, curva de crescimento da receita etc.

Veja no nosso artigo sobre “Quanto vale uma Startup?“, os principais métodos utilizados na avaliação de Startups em suas fases iniciais.

Considerações finais

Para concluir, deve-se ter em mente que avaliações nada mais são do que estimativas formalizadas e nunca mostrarão o verdadeiro valor de sua empresa. Mas tais avaliações ajudam a construir o raciocínio por trás de uma futura negociação e evitar negociações desfavoráveis para as partes interessadas.

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Sobre mim

Nei Grando – diretor executivo da STRATEGIUS, atua como pesquisador e curador de conteúdo, consultor, professor e palestrante sobre estratégia e novos modelos de negócios, inovação, organizações exponenciais, transformação digital e agilidade organizacional. Teve duas empresas de TI especializada no desenvolvimento de software e soluções de conectividade, onde atuou como gestor e conduziu projetos, sistemas, plataformas de negócios, portais e serviços para o Mercado de Capitais, CRM, GED, Internet-banking, Publicidade Digital, GC, e outros sob demanda. É mestre em Ciências pela FEA-USP (ênfase em inovação) com MBA pela FGV, organizador e autor do livro “Empreendedorismo Inovador: Como criar Startups de Tecnologia no Brasil”, e autor em outros dois. Já fez diversas avaliações de PMEs e Startups.

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