Neste post vou quebrar as minhas próprias regras, em um conto, ao invés da forma tradicional que escrevo, trazendo o tema da criatividade, que nos leva a novidade em forma de inovação.
Ainda ontem eu estava no evento de lançamento do WTW20 (Welcome Tomorrow 2020) que ocorrerá de 6 a 8 de outubro. Foi quando numa palestra do Flávio Tavares ouvi algo assim: “A roda foi inventada há muito mais de dois mil anos. A mala foi inventada há mais de 150 anos, mas a mala, com rodinhas existe há menos de 40 anos. Você já pensou sobre isso? Por que levamos tanto tempo carregando malas pesadas?”.
Decidi colocar esta citação e questão em um grupo de WhatsApp para ver as respostas de reação e comentários a respeito.
Foi quando um dos amigos do grupo disse: “Talvez por que faz pouco tempo que as pessoas com mais condições financeiras começaram a carregar as próprias malas, e quem as carregava antes disso não tinha educação, dinheiro e as vezes, nem liberdade para desenvolver algo que os pudesse ajudar com este trabalho.”
Então eu argumentei: “É uma hipótese. Mas um dia alguém com um pouco de bom senso e criatividade, faz o ‘óbvio’, algo simples, mas que gera muita diferença. Tenho certeza que tem muita coisa por aí que precisa deste tipo de olhar, de facilitar a vida humana, reduzir transtornos, etc.
Mais do que uma mala bonita, chique, ou de marca – uma mala mais prática em primeiro lugar, depois podem vir os outros atributos.”.
Então me disseram: “Talvez a mala não tenha sido o melhor exemplo, mas realmente, existem invenções que nos fazem pensar ‘Putz, como eu não pensei nisso antes!’, de tão simples e geniais que são.”. E se referiu ao grupo dizendo: “acho que a criação de equipes multidisciplinares e com perfis diferentes/complementares, ajuda a criar um ambiente propício para esses tipos de ‘invenções’.”
Logo pensei e disse: “Para ficar milionário, não precisamos ser gênios criativos de muitas ideias, basta apenas uma ideia – mas que realmente facilite a vida de muita gente, sendo prática e acessível aos potenciais clientes. 🙂”
Foi quando outro colega argumentou que fazia sentido o fato de não terem pensado antes, porque quem carregava mala era outra pessoa, que fazia o trabalho braçal. Foi quando eu complementei: “imagine se você vivesse naquele tempo, e visse alguém sofrendo visivelmente ao carregar uma mala pesada, será que com alguma criatividade + sensibilidade/compaixão, não poderia ter o insight de humm, rodinhas. É isso!
Ou será que só sentindo na nossa própria pele, despertamos o nosso lado criativo.”
Outro argumentou “Tínhamos os carregadores de malas…. afinal”.
E me responderam: “Só sentindo na pele… quando a questão não me atinge, vou pensar muito pouco nela.”.
Então um dos mestres argumentou: “Essa questão é muito significativa. Empatia é a palavra-chave. Quando aqueles que detém a capacidade de criação, produção, poder econômico e político não se veem identificados em determinados grupos, não há movimento que alavanque o desenvolvimento naquele sentido. Como tenho comentado em alguns, lugares, vejo a mesma dinâmica da falta de empatia (para criar uma inovação para a sociedade antiga) a mesma falta de empatia para muitas inovações, hoje em dia, principalmente aquelas focadas em inteligência artificial e mesmo impressoras 3D e outras tidas como disruptivas.
…”
Então eu disse, para provocar: “É verdade, as rodinhas acabaram com a profissão de carregador de malas.”
Foi então que conversando com a Heloiza, ela me fez lembrar e comentei: “outro fato interessante a observar, neste caso, é que os pilotos e aeromoças já utilizavam malas com rodinhas muito antes dos passageiros e levou mais alguns anos para os fabricantes de malas adotarem a inovação tecnológica. E isso está ocorrendo hoje na maioria das organizações, que levam algum tempo para entenderem as mudanças e de adaptarem e adotarem as inovações.”
E por fim a Heloiza pesquisou, em alguns segundos, e me disse: “Inventada por Sadow, hoje com 87 anos, a mala com rodinhas agora completa quatro décadas. Na época em que teve o tal estalo, nos idos de 1970, ele era dono de uma fábrica de malas e casacos em Massachusetts, nos Estados Unidos. 20 de out. de 2010. A mala com rodinhas, como a conhecemos hoje, surgiu apenas depois de 1987, quando Robert Plath, um piloto da Northwest Airlines, acrescentou a famosa alça à mala de rodas, que havia sido inventada em 1970 por Bernard Sadow, um passageiro cansado de arrastar duas pesadas malas em sua viagem de férias.”
E por fim, alguém disse: “Sem rodinha ainda vai, o duro mesmo é mala sem alça.”
“sorrisos 🙂 e jóinhas”
E aí? O que você pensa sobre isso? O que diria se estivesse no grupo? Escreva abaixo, num comentário.
Observação, mais imaginação com conhecimento gera uma ideia, que pode gerar uma invenção, e por fim, quem sabe, uma inovação bem sucedida e útil a todos nós.
Se gostou, por favor, compartilhe. Abraço, @neigrando
Então, é uma questão interessante,na Escola primária 5 décadas atrás, uma Professora me encantou com uma aula: O tema da aula foi sobre como a Humanidade pôde evoluir a partir da invenção da roda 😉
Ainda hoje é uma questão atual!
Bem, utilizando de uma metáfora, foi aí, nesta aula que eu intuí o processo Criativo e suas implicações, me tornando criativo.
Eu ainda não sabia nada sobre sinapses e, portanto, a imagem de outras rodinhas, com dentes, se encaixando, engrenagens; girando e movendo o Mundo, conectando pessoas passou a funcionar em meu cérebro ainda mecanicista, mas com o Princípio: Rodas implicam Devir, Movimento, Evolução!
Belo Post!
Obrigado Wander! Essa é a ideia – criar sinapses a partir do conhecimento para gerar inovação.
Very nice blog you have heere
Thanks Shania! 😉