Marketing: Como medir o ROI em Mídia Social

“O problema com a tentar determinar o ROI para Mídia Social é que você está tentando colocar as quantidades numéricas em torno de interações humanas e as conversas, que não são quantificáveis​​.”  Jason Falls

Introdução

Muitas empresas já estão usando os mecanismos de conversação da Mídia Social para melhorar o relacionamento com seus clientes, expandir a sua marca, aumentar suas vendas, etc.

A Mídia Social inclui: as Redes Sociais online como Orkut, Facebook, LinkedIn, …; blogs; microblogs como Twitter; vídeo como o Youtube; e outras ferramentas online Web 2.0 que possibilitam a conversação.  Alguns autores e profissionais usam o termo “mídias sociais” para falar destas ferramentas.

Entretanto para a Mídia Social funcionar, negócios e marcas precisam ser capazes de avaliar o impacto que o uso está causando, seja positivo ou negativo. Medir o retorno das sociais não é impossível, mas é complexo porque muitos elementos que precisam ser avaliados são difíceis de rastrear. Tanto assim que, de acordo com uma pesquisa realizada em Agosto/2009 pela Mzinga and Babson Executive Education, 84% dos profissionais respondentes não mediam o ROI de suas campanhas em Mídia Social.

O cálculo do ROI

Como uma fórmula padrão, o cálculo do ROI é muito básico, ROI = (X – Y) / Y, onde X é o valor final e Y é o seu valor inicial. Exemplificando, se você investir R$ 5,00 e receber de volta R$ 20,00, o ROI é (20-5) / 5 = 3 vezes o seu investimento inicial.

No sentido financeiro, o ROI é medido exclusivamente no contexto de Reais (R$) e centavos, no entanto, os princípios podem realmente se aplicar a qualquer tipo de investimento, monetários ou não.

Definindo as metas

Ter metas e linhas de base concretas é fundamental para calcular o retorno sobre o investimento. Então antes de sair medindo e monitorando seus retornos de mídia social, você precisa ter uma idéia clara do que é que você quer realizar.

Depois de ter suas metas definidas, você precisa medir a linha de base antes de iniciar ou alterar a sua estratégia de mídia social. Por exemplo, se seu objetivo é aumentar a menção de sua empresa nas mídias sociais, para medir o ROI de ações tomadas em direção a esse objetivo, você precisa saber onde você está agora. Você não pode avaliar com precisão o ROI, sem uma linha de base.

Embora as métricas ≠ de ROI, métricas web tradicionais, como a contagem de tráfego, número de comentários, seguidores do Twitter, os fãs do Facebook, etc., são um importante componente para o cálculo de ROI.

O truque é não confiar apenas em números, mas para onde os números nos conduzem. Por exemplo, como o aumento de visitantes do site se correlaciona com o aumento das vendas? Existem pessoas que encontram o seu site a partir do Twitter ou do Facebook, em seguida, clicam em suas páginas de produtos ou vão para a seção de comércio eletrônico do seu site? Esse é o tipo de dado que você deve procurar.

Disponibilizando os dados

Depois de ter definido a sua base, você precisa tomar as métricas de suas ferramentas de monitoração e ver como elas se correlacionam com mais vendas, mais retenção de clientes, ou outros objetivos traçados.

Se a sua medição final é de vendas, verifique se elas vieram das suas campanhas de mídia social, por exemplo: olhe para o seu nível de vendas e verifique se aumentou, olhe para o número de referências ao seu site de comércio eletrônico (supondo que você pode controlar esses dados) a partir de seu site ou o Twitter, ou o número de cupons usados que foram dados em uma campanha no Facebook.

Você vê alguma tendência? O tráfego até a sua loja aumentou depois da postagem no Facebook? E sobre o Twitter? O tráfego da loja correlaciona-se com mais vendas quando se avalia os mesmos dados? Será que uma análise de sentimento no Twitter conduz a mais vendas ou mais visitas?

Encontrar tendências e segui-las de volta para seu ponto de origem é a chave para a medição de ROI.

“Por que estamos tentando medir a mídia social como um canal tradicional? A mídia social toca em todas as facetas do negócio e é mais uma extensão da boa ética empresarial.” – Erik Qualman

Três idéias exemplos de medição de ROI em Mídia Social

Você precisa pensar em marketing de mídia social como tendo um efeito cumulativo, como uma campanha tradicional de marca.

Felizmente, com ferramentas como Google Analytics e ferramentas de monitoramento de mídia social como Radian6, você pode medir o progresso que a campanha de marketing de sua empresa está fazendo na mídia social e alinhá-la com os objetivos do funil de marketing.

Aqui estão apenas três idéias rápidas sobre a medição de ROI em mídia social:

1. ROI sobre os custos de apoio ao seu cliente

Seu blog do banco pode ter conteúdo que responde a perguntas de clientes que de outra forma, só poderiam ser respondidas através de uma conversa ao vivo ou telefone que exigiria tempo um funcionário da empresa. Na verdade, você pode postar um artigo especial, que aborda uma questão que foi perguntada várias vezes durante a semana.

2. ROI em obter exposição gratuita na mídia social versus exposição paga

Se você tiver conteúdo que foi visto por 500 clientes em um mês, qual seria o custo equivalente de conseguir a mensagem publicada em um jornal, ou o esforço de mala direta ou ainda de transmissão broadcast (se o conteúdo for de vídeo)?

3. ROI do feedback dos clientes

Marketing em Mídia Social envolve ouvir seu público-alvo para detectar tendências, necessidades e interesses. O feedback que sua empresa recebe em uma campanha de marketing em mídia social deve estar constantemente moldando a marca de sua empresa para criar fidelidade à marca e defensores da marca. Os aspectos de ROI, neste caso, podem incluir o aumento das taxas de retenção de clientes e a diminuição dos custos de aquisição.

Finalizando

Agora, talvez mais do que nunca, os diretores de marketing das empresas estão tendo suas responsabilidades cobradas por melhores resultados. A boa notícia é que os resultados de uma campanha de marketing em mídia social são bem mensuráveis. Só que, devido à diferença inerente da mídia social, o que está sendo medido pode ser diferente do que é medido em algumas das suas métricas tradicionais de marketing.

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Veja também, neste blog, o artigo: Métricas e Ferramentas para Mídia Digital e Planejamento Estratégico de campanhas de marketing para Mídia Social.

Um dos artigos que usei como referência: HOW TO: Measure Social Media ROI

Outros artigos:

Vídeos e apresentações:

Um livro muito bom, relacionado com o assunto é: How to Measure Anything, by Douglas W. Hubbard

 

Marketing: Métricas e Ferramentas para Mídia Social

“Uma métrica é um sistema de mensuração que quantifica uma tendência, dinâmica ou característica. Métricas são usadas para explicar fenômenos, diagnosticar causas, compartilhar descobertas e projetar os resultados de eventos futuros.”  Paul Farris; Neil Bendle; Phillip Pfeifer; David Reibstein.

Introdução

Por mais de um ano tenho estudado assuntos relacionados com inovação, marketing digital, mídia social, redes sociais. Recentemente ministrei um curso relacionado com estes assuntos e durante o preparo tive de pesquisar mais fundo e procurando material sobre Métricas e ferramentas para analisar e monitorar redes sociais encontrei diversos recursos interessantes e desejei compartilhar com vocês. Algumas ferramentas são totalmente gratuitas, outras exigem permissão de acesso via Twitter ou Facebook, outras permitem avaliação gratuita por um período após o cadastro.

Por que medir?

“O que não é medido não é gerenciado.” Robert S. Kaplan

Medimos para avaliar investimento e retorno; prestar contas; demonstrar valor e impacto; avaliar as necessidades de recursos; testar hipóteses; melhoria contínua, etc.

O que medir?

Além dos dados básicos levantado pelas ferramentas analíticas, podemos medir:

  • Engajamento – grau de participação e envolvimento de determinado perfil ou grupo de pessoas em relação a um tema ou assunto.
  • Alcance – grau efetivo de disseminação de determinado conteúdo ou grau de disseminação ou potencial que um perfil possui.
  • Influência – grau atenção e mobilização que um determinado perfil pode gerar em outros.
  • Adequação – grau proximidade que determinado conteúdo tem com as características e valores desejados.

Veja também o artigo sobre ROI em Mídia Social.

Tipos de medição

Para uso em Mídia Social, temos diversos tipos de medição:

  • Web analytics – métricas e dimensões básicas, usadas para obter dados sobre Web sites e comércio eletrônico. Algumas medições são: exibições de página, taxa de rejeição, visitantes únicos, taxa de novos visitantes, páginas por visita, origem geográfica, tempo de visitação, click-through rate (CTR), páginas mais visitadas, fontes de tráfego, leads. As ferramentas integradas com mídia social identificam blogs, comunidades e perfis que se ligam (links) ao site da empresa / campanha, e comparam visitantes diretos X campanhas pagas X imprensa X mídias sociais;
  • Busca geral e Segmentada – permitem buscar por termos e avaliar volumes;
  • Monitoração e Análise – além das funções de coleta e armazenamento têm recursos de adição e cruzamento de informações mais refinadas.
  • Classificação e Avaliação de Perfis – geralmente propõem classificação, escores e rankings próprios.

Ferramentas Web Analytics

Além das ferramentas de análise e monitoramento providas pelos próprios sites de mídia social, algumas para usuários que tem cadastro, outras para quem faz anúncios na plataforma, existem outras que vale a pena conhecer.

Google Analytics – é uma ferramenta gratuita e pode fornecer uma base muito poderosa para uma variedade de fatores diferentes. Você pode acompanhar os links recebidos e, em seguida, as atividades dos usuários que os enviaram. Faça um tour pela ferramenta. Recomendo a seção de treinamento, pois é excelente para quem quer ficar fera.

YouTube Insights – apresenta:  exibições – quantidade de visualizações e popularidade por região; descobertas – fontes de tráfego; dados demográficos (sexo, idade e interesses de usuários logados); comunidade – favoritamentos, comentários, classificações; partes mais vistas – pontos em que o vídeo é abandonado e a % de pessoas que assistem até o final.

Facebook Insights – as páginas de fãs dão acesso a alguns dados como: interações; mensagens; discussões; críticas; e referências.

Flickr Analytics – mostra dados básicos de Alcance (visualizações de fotos, galerias, vídeos, etc.) em contas profissionais.

Omniture – tem uma série de serviços disponíveis para as empresas, incluindo componentes que controlam as métricas Facebook e Twitter.

HootSuite – é um ótimo gerenciador de Twitter, mas que também oferece uma análise impressionante. Se você olhar mais fundo aos clicks do HootSuit ou bit.ly (um encurtador de URL) verá que eles se traduzem em operações ou impressões em seus sites. Atualmente possui integração com o Google Analytics.

PostRank Analytics – tem um conjunto de ferramentas de medidas de engajamento social em outras plataformas e serviços. No PostRank além de simples números, você pode realmente ver as mensagens e comentários de outros sites que contribuem para as suas estatísticas. Isto pode ser realmente importante para a análise de sentimentos. Veja um vídeo sobre o produto.

Ferramentas de Análise de Sentimentos

Mais importante do que ter uma métrica de menções de sua marca no Twitter é saber se tais menções são positivas ou negativas. Nisso é que análise de sentimento é interessante. E este tipo de análise é importante ao implementar ou mudar sua estratégia de mídia social e calcular o seu retorno sobre o investimento. Pena que nem todas estão preparadas para a língua portuguesa do Brasil e saibam tratar gírias e expressões locais de sentimento.

Viral Heat – é um serviço de monitoramento social acessível que inclui discriminação de sentimento para menções Twitter.

Twendz – é uma ferramenta básica de análise de sentimentos Twitter em tempo real.

Tweet Feel – é outro motor de busca de sentimentos Twitter em tempo real.

Crimson Hexagon – é uma ferammenta de rastreamento de mídia social em nível corporativo. O algoritmo que eles usam para suas conclusões Monitor Voxtrot é realmente uma impressionante, e vai ajudá-lo a determinar qual é o sentimento dos consumidores em direção a sua marca baseada em menções em mídias sociais.

Sentiment Metrics – é outra ferramenta destinada a empresas ou grandes empresas.

Ferramentas para Classificação e Avaliação de Perfis

Hubspot – é uma empresa especializada em consultoria e sistemas para mídia social que oferece diversos produtos Gradder para analisar perfis: TwitterGrader, FacebookGrader (perfil e página), FoursquareGrader, e outros.

Klout – propõe rankear os usuários de mídias sociais. Analisa Twitter e Facebook. Avalia: Amplificação – probabilidade do conteúdo ser repassado;  Rede – nível de influência da audiência engajada; Alcance Real – tamanho da audiência engajada.

TouchGraph – é uma ferramenta para fazer análise topológica dos grafos das redes sociais. Só analisa o perfil usuário logado.

Pacote de Produtos de Monitoração e Análise

Radian6 – software poderoso mais reconhecido no mercado internacional. Permite a criação de painéis customizados de acompanhamento. Possui métricas próprias para quatro tipos de mídias: blogs/MSN, vídeos/imagens, microblog (Twitter) e fóruns/comentários. Veja o vídeo de visão geral do produto e o vídeo que mostra o uso da ferramenta .

Scup – software brasileiro de monitoramento, da Direct Labs.

Pacote de Produtos SRM (Social Relationship Management)

Vitrue SRM – o conjunto todo é muito dedicado a gerenciar e obter o máximo de informações de suas contas de mídia social. Além de monitorar links postados no Twitter ou o Facebook, também pode ser integrado com serviços de terceiros como Omniture e Google Analytics.

ContextOptional – fornece um Painel de Acompanhamento Social para monitorar engajamento e atividades, e uma Consolde de Moderação Social para o Facebook.

Salesforce.com – a empresa tem uma linha de serviços em nuvem concebidos para integrar resultados do Twitter e páginas do Facebook diretamente no CRM da empresa. Embora este não é o ROI em termos mais claros, melhorando o serviço ao cliente e gerindo os problemas rapidamente, as marcas podem salvar-se dos caros erros potenciais. Essas economias podem ser tomadas em consideração ao calcular o ROI.

Outras ferramentas de métrica interessantes e bastante úteis

Existem centenas de ferramentas para todos os fins, surgem novas todos os dias, algumas deixam de existir, outras melhoram muito, abaixo temos uma lista de algumas para o Twitter:

Twitter Search – um excelente mecanismo de busca que lhe permite descobrir o que está acontecendo no Twitter.

Twitter Grader – analisa o quanto você é influente e histórico em gráfico de seguidores de quem você segue.

Retweetrank – ferramenta para Twitter que mostra a quantidade de vezes que você obteve retweet recentemente.

Mention Map – Muito legal, pois apresenta um mapa multidimensional de navegação entre usuários que mencionaram usuários.

Triangulate – compara usuários do Twitter.

Tweetstats – apresenta estatísticas de usuários do Twitter.

Foller – mapeia seguidores e apresenta: tópicos recentes, #hashtags e @mentions.

FavStar – apresenta os tweets seus que foram selecionados em favoritos de outros.

Tweet Radar – com esta ferramenta você pode rastrear mensagens por assunto, usuários ou tags, em tempo real.

Tweetrank – ferramenta brasileira de ranking de usuários do Twitter.

Tweasier – facilita o uso do Twitter e permite agendar tweets, entre outros recursos.

Ferramentas de Conteúdo para Mídia Social

Storify – Esta ferramenta ajuda os usuários na curadoria de conteúdo que localizam nas redes sociais. Os usuários podem cortar e colar partes do conteúdo, incluindo vídeos e fotos, de diversas fontes da web e juntar tudo na ordem em que deseja comunicar. Veja uma apresentação em vídeo.

paper.li – leia novidades do Twitter e do Facebook como um jornal diário. paper.li organiza links compartilhados no Twitter e Facebook no formato de um jornal de fácil leitura. E o melhor de tudo é que você pode fazer o jornal.

Finalizando

Métrica é fundamental para acompanhar o resultado das campanhas de Mídia Digital e atualmente existem ferramentas muito boas para todos os gostos e bolsos. Mas é preciso saber o que medir, ter um plano, e ter a disciplina de medir.

Veja também, neste blog, o artigo: Como medir o ROI em Mídia Social

Por favor, fique a vontade de contribuir com um comentário sobre alguma ferramentas que você conhece e gosta de usar. Se gostou, compartilhe este artigo com seus amigos. Meu endereço no Twitter é: @neigrando

Outros artigos relacionados:

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Estratégias Sustentáveis de Mídia Social para Bancos de Varejo e Corporativos

Para o uso sustentável dos meios de comunicação social, tem que ser trabalhado uma relação lógica a ser estabelecida entre as avenidas (mídia social), as aplicações (wikis, RSS feeds, blogs, micro-blogs e outros) e do modelo de negócio (fases de decisão de compra). Uma abordagem possível para alavancar as aplicações de forma que complementem as capacidades e as características do cliente bancário.

Como a adoção de mídias sociais está crescendo astronomicamente, ela está claramente se tornando o canal escolhido pela indústria para aumentar a participação da nova geração de clientes. É provável que o setor bancário seja a fronteira na adoção de tecnologias de próxima geração, incluindo os processos de negócios em redes sociais.

O setor bancário tem duas classificações importantes com base no tipo de cliente: banco de varejo e banco corporativo. Como a mídia social tem se tornado heterogênea, com foco em vários segmentos de clientes, é um imperativo estratégico entender como ela pode ser utilizada para obter o máximo benefício para os bancos de varejo e corporativos.

Esta característica de duas partes olha para algumas ofertas de produtos / serviços no mercado que são direcionados para estes grupos de clientes e aplica o modelo genérico de decisão por fases de compra para eles.

Para cada fase, as diferentes características da Mídia Social que podem ser aproveitadas serão destacadas e em seguida, um uso relativo do recurso para ambos os tipos de clientes (varejo e corporativo) será deduzido com base em fatores como diferenças de produtos / serviços e atributos de comportamento dos consumidores.


Espaço para melhorias

A mídia social está, definitivamente, fazendo incursões pelos corredores das instituições financeiras. Muitos dos grandes bancos já estão fazendo sentir a sua presença nas plataformas sociais como Facebook, Twitter e YouTube.

Com base em um olhar mais atento sobre as conversas, artigos e depoimentos que os bancos estão fazendo através destes canais, a mídia social pode ser melhor descrita como mais um canal através do qual a informação pode ser partilhada de forma bidirecional.

Há alguns grandes bancos que estão realmente aproveitando os canais da melhor maneira possível, mas ainda há muito espaço para alavancagem de meios de comunicação social de uma forma mais sustentável.

O ajuste correto

Quando a questão diz respeito a como moldar novos caminhos em um processo “As-Is” da organização, uma boa abordagem é testá-los em modelos de negócios existentes. Aqui, o ajuste do modelo vai depender da aplicação das avenidas.

Por exemplo, a tecnologia (avenida) trouxe instalação de ATMs (aplicação) no domínio financeiro com operações  banco-cliente sendo o modelo de negócio.

Da mesma forma, o caminho a seguir para o funcionamento sustentável da mídia social é identificar onde suas aplicações se encaixam em modelos de negócios existentes. Se olharmos  para os modelos de marketing popular, as fases de decisão de compra no comportamento do consumidor tiveram muita aplicabilidade em cenários práticos. No entanto, como indústrias diferentes são regidas por inumeráveis ​​fatores, os modelos mais relevantes devem ter sido postos em ação com o modelo original que lhes estão subjacentes.

O tradicional 4P’s / 7P de marketing têm sido aplicados em vários estágios de decisão de compra. A mídia social pode ser vista como um novo canal de comunicação, cumprindo assim seu ‘Lugar’ no marketing. Assim, podemos ver uma forma já estabelecida de mídia social nos estágios de decisão de compra. Além disso, a mídia social tem um alcance que vai ser destaque neste artigo conforme explorarmos as diferentes etapas de decisão de compra.

Casando capacidades com clientes

Tendo em conta o uso atual dos meios de comunicação social por parte dos bancos e outras instituições financeiras, outro aspecto a analisar é a heterogeneidade de aplicações de mídia social. Cada uma tem capacidades diferentes. Da mesma forma, a heterogeneidade é também muito clara na área financeira, por exemplo, no banco de varejo e no corporativo.

Enquanto os de varejo focam no consumidor os corporativas focam nos grupos de negócio. Mesmo em banco corporativo, no entanto, produtos personalizados de varejo são por vezes alvo para uma empresa como benefícios para seus funcionários. Esta é uma sobreposição, mas mapeia muito bem com bancos corporativos porque exige vender ao nível do grupo empresarial.

Assim, para o uso sustentável dos meios de comunicação social, tendo uma relação lógica estabelecida entre as avenidas (mídia social), as aplicações (wikis, RSS feeds, blogs, micro-blogs e outros) e o modelo de negócio (fases de decisão de compra), um bom trabalho tem que ser desenvolvido. Uma abordagem pode ser alavancar as aplicações de uma forma que complemente as capacidades de tratamento do cliente bancário.

Banco de varejo e corporativo – clientes e produtos associados

Vejamos dois produtos oferecidos pelo hipotético Banco ABC – um cartão de crédito como banco de varejo e um cartão de crédito corporativo para as empresas fornecerem aos seus empregados. Esse cenário é adequado porque há uma linha muito fina entre as duas ofertas.

Os usuários finais dos dois produtos são indivíduos; mas o que torna os usuários finais diferentes é que no primeiro caso o usuário final tem um papel chave a desempenhar no ciclo de decisão de compra, enquanto no segundo, não há muito nas mãos do usuário, pois o cartão é fornecido pelo empregador.

Fase 1: Necessidade de Reconhecimento e Conscientização do Problema

A primeira fase refere à forma como o cliente identifica uma necessidade em potencial que não está sendo cumprida por qualquer das soluções disponíveis no mercado.

Um bom comerciante tem que ser pró-ativo e influente na criação de uma necessidade na mente do cliente. A mídia social fornece aplicativos que podem ser usados ​​para chegar aos clientes.

Clientes de bancos corporativos derivam suas necessidades do amálgama de vários pontos: previsões de viagens, relações com fornecedores existentes, orçamentos aprovados e assim por diante. Aqui, as instituições financeiras podem utilizar as aplicações de mídia social como comunidades de produtos corporativos ou seminários virtuais para apresentar suas ofertas ao grupos em foco. Esses aplicativos fornecem recursos que podem ser facilmente modelados em suas contrapartes.

Para os clientes de varejo, as instituições financeiras devem chegar a eles através com uma variedade de canais.  Ferramentas online de marketing e publicidade já estão disponíveis há algum tempo, agora, a mesma atenção deve ser focada nas plataformas de mídia social. A análise de várias plataformas de mídia social pode ajudar na segmentação eficaz de produtos e serviços financeiros.

Fase 2: Pesquisa de Informação

A segunda fase lida com os clientes que olham para a informação correta, a fim de escolher possíveis alternativas.

Clientes de bancos corporativos podem procurar referências nas principais publicações financeiras e em estudos de caso. Um cliente de varejo estaria mais interessado em visitar sites bancários e buscar referências (boca-a-boca) de outros clientes.

Considerando-se as referências utilizadas por ambos, a mídia social têm aplicações que podem ser usadas para divulgar informações para ambas as partes.Uma rede social pública como o Facebook oferece uma plataforma ideal para interagir com clientes de varejo. Além disso, as comunidades dedicadas de banco de varejo podem ser usadas para referências boca-a-boca.

Para empresas, a melhor forma seria a de fornecer um widget nos principais fóruns financeiros através dos quais a empresa pode dar uma breve informação sobre si mesmo e solicitar estudos de caso e material relacionado.

Fase 3: Avaliação das Alternativas

A terceira etapa é decisiva para ambas as partes, já que é neste momento que uma organização é diferenciada das demais. As alternativas foram filtradas após a busca de informações, daí ambas as partes, nesta fase, compararão os fatores tangíveis mais do que qualquer outra coisa.

No cenário corporativo, essa fase é regida principalmente pela discussão das cláusulas contratuais, e que melhores termos podem ser fornecidos pela instituição financeira. Nesta fase, um encontro físico é mais ou menos necessário, com isso, a mídia social irá funcionar menos como um canal de comunicação externo do que como um canal de colaboração.

O representante da instituição financeira pode utilizar um aplicativo em um dispositivo móvel que vai permitir a assistência em tempo real da equipe do escritório para prover as melhores ofertas e respostas para o cliente.

No cenário de varejo, esta etapa será uma extensão das atividades anteriores. Agora o foco no cliente, se deslocará para obter respostas específicas sobre períodos sem juros, taxas anuais e assim por diante. Uma comparação imparcial é o que os clientes estão procurando, daí, a influência do instituição financeira é muito insignificante.

Ainda assim, a fim de garantir que o cliente está ganho, a mídia social pode ser utilizada pela organização como uma ferramenta de engajamento. Widgets podem ser de valor, permitindo que os clientes introduzam as suas escolhas preferenciais. Com base nesses resultados, ofertas personalizadas podem ser exibidas.

Fase 4: Compra

Uma organização pode dar um suspiro de alívio se ela é capaz de obter um cliente nesta fase. No entanto, esta é a fase onde começa o verdadeiro trabalho. O cliente tem um conjunto de expectativas derivadas a partir dos pontos em que a sua organização fez a melhor venda, mas agora é o momento de mostrar que essas expectativas não só serão cumpridas, mas superadas.

Os clientes são muito receptivos ao iniciar um novo relacionamento, e é aí que a mídia social deve ser aproveitada para ajudar a criar uma base sólida para a confiança do cliente.

Ambas as partes vão adorar o atendimento personalizado. A instituição financeira precisa fazer a sua experiência livre de problemas. A atividade mais demorada de todo o ciclo de compras é o processo KYC (Know Your Customer), conheça seu cliente. A natureza sensível deste exercício descarta definitivamente a automação completa, mas a mídia social também aqui pode ser utilizada para novos pontos de levantamento de dados.

Para um cliente corporativo, relatórios sobre a saúde da marca podem ser obtidos usando as ferramentas de análise social. A instituição financeira pode começar a conhecer a percepção da comunidade e a percepção dos funcionários verificando vários fóruns de influencia onde a empresa está sendo comentada.

Da mesma forma, no caso de clientes de varejo, a instituição financeira pode usar o perfil social de uma pessoa no LinkedIn, Facebook e outros sites para identificar a influência e outras características sociais.

Fase 5: Avaliação pós-compra

O foco principal nesta fase são as atividades de atendimento e retenção do cliente. Uma vez que os clientes realmente começam a utilizar um produto, problemas de serviço podem ser esperados em graus variados. Por isso, é vital para a organização estar facilmente acessível. Aplicações de mídia social como o Twitter podem ser usadas como canais de serviço oficial.

Ao usar as ferramentas de mídia social como canais de atendimento, uma organização pode também conseguir economia de custos reais – considerando que a maioria dos usuários de varejo são viciados em um desses canais – o que diminui o tempo de adoção e a curva de aprendizagem.

A representação aqui fala claramente sobre o âmbito dos meios de comunicação social como uma avenida. Para chegar a esse nível, no entanto, será necessário uma estratégia clara em termos de abordagem, concepção, execução e objetivos.

Este artigo destaca o uso prático de aplicações de mídia social em todo o ciclo de compra para clientes corporativos e de varejo. O primeiro passo nessa direção é se familiarizar com a mídia social e, em seguida, ligar o canal com os processos de CRM.

Pode haver desafios ao integrar os canais de mídia social com o sistema atual de CRM. No entanto, dada a forma como o mercado está se moldando, fornecedores de CRM e consultoria de provedores e integradores de solução estarão prontos para facilitar o caminho para a gestão social de relacionamento com clientes.

Artigo original (em inglês): Sustainable Social Media Strategies for Retail and Corporate Banking

Outros artigos relacionados:

Aos Bancos: As Instituições Financeiras e a Mídia Social

Aos Bancos: Como as instituições financeiras podem usar a mídia social

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