Até pouco tempo atuei como empresário na área de tecnologia da informação, especialmente com mercado de capitais, gestão de conhecimento, portais, CRM e marketing digital. Sempre gostei de tecnologia; depois fui aprendendo sobre negócios, administração/marketing e, nos últimos tempos, considerei e estudei muito as questões de liderança e de gestão, especialmente das pessoas com quem me relacionei em meu trabalho. Recentemente, tive a oportunidade de conhecer mais a respeito dos conceitos e técnicas da Terapia Cognitiva e também fiz cursos de Coaching Cognitivo no ITC. Quero enfatizar que, conforme a Dra. Ana Maria Serra, o Coaching Cognitivo não se trata de fazer terapia no contexto do coaching, mas sim de utilizar o modelo cognitivo de funcionamento humano, incluindo técnicas e estratégias cognitivas, no gerenciamento de questões corporativas. O coaching vem auxiliar os executivos e as corporações em tempos normais e principalmente em tempos de crise, sejam estes envolvendo problemas de finanças e economia externa ou interna, situações de fusões e aquisições e outras mudanças organizacionais cada vez mais comuns nos dias atuais.
Meu objetivo ao fazer o curso não foi me capacitar para me tornar um profissional de coaching, mas sim de conhecer os conceitos, técnicas e práticas envolvidas, para apoio não só de minhas buscas de crescimento pessoal e profissional, mas também para poder atuar melhor junto às equipes e colaboradores de minha empresa, parceiros comerciais e clientes.
Aprendi então que o Coaching Cognitivo tem como objetivo último promover a realização máxima das potencialidades dos sujeitos envolvidos, em seu processo de crescimento e ajustamento pessoal, profissional e corporativo; e que, durante o processo, o coach trabalha junto ao executivo procurando identificar necessidades relacionadas à produtividade e desempenho pessoal dele próprio e da sua equipe; definir um plano de ação e mudança que inclua objetivos, metas, estratégias e recursos; implementar esse plano de mudança, monitorar resultados, e promover a manutenção dos resultados, ao mesmo tempo em que desenvolve as suas habilidades de comunicação e resolução de problemas e atua sobre sua forma de processar a informação.
Para isso, o coach cognitivo utiliza técnicas como: uma postura atenta e empática; rapport baseado em confiança e contato genuíno; questionamento socrático usando perguntas construtivas; processo colaborativo com o cliente; identificação dos recursos e potenciais do cliente; uso eficaz da linguagem e da comunicação; além da atenção aos esquemas ou modelos mentais e aos pensamentos automáticos negativos. Vi que tais técnicas, quando aliadas aos conhecimentos dos princípios básicos da terapia cognitiva, que nos ensina a identificar nas emoções e comportamentos as cognições que as precedem, podem ajudar muito o executivo a melhorar a percepção da realidade que envolve a tríade do eu, do mundo e do futuro e com isso fazer as mudanças necessárias, tomar melhores decisões, resolver seus problemas, e, ao mesmo tempo, utilizar melhor suas competências e seus potenciais.
Observação: Este texto foi baseado no artigo que escrevi para o Informativo da ABPC – Associação Brasileira de Psicoterapia Cognitiva: “A Terapia Cognitiva e o Coaching Executivo” – impresso em Outubro de 2009.
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Alguns Livros relacionados ao assunto:
- As 10 bobagens mais comuns que as pessoas inteligentes cometem e técnicas eficazes para evitá-las, de Arthur Freeman e RoseDeWolf – Prefácio de Aaron T. Beck – Editora Guarda Chuva
- Como lidar com as preocupações, de Robert L. Leahy – Editora Artmed
- Aprenda a ser Otimista, Martin E.P. Seligman – Editora Nova Era
- Outros Livros:
- Pergunte a Platão, de Lou Marinoff – Editora Record. Sobre o uso Prático da Filosofia.
- Seja Assertivo, de Vera Martins – Editora Campus.
Nei, quanto mais se compartilha, mais podemos compartilhar, tenho conhecimento nesta área tambem. Abs
Esse texto é interessantíssimo. Faço TCC e vou me aprofundar mais nesse assunto de coaching cognitivo. Parabéns ao Blogger!
Acredito que um processo de coaching que não trabalhe as crenças do cliente e não busque uma reestruturação cognitiva seja um processo pouco eficiente. Sempre em maior ou menor grau nossos modelos mentais serão barreiras no caminho entre o que somos hoje e o que queremos alcançar, e trabalhando esse aspecto importantíssimo no processo de coaching as chances de sucesso e de resultados verdadeiramente poderosos e transformadores são maiores. Diria mais, um processo de coaching que não leva em consideração esse aspecto é um processo incompleto e capenga.
Nei, gostei muito da sua reflexão sobre o Coaching Cognitivo. Vamos falar mais sobre o assunto.