Pensamento Estratégico

O objetivo deste post é tratar do conceito de pensamento estratégico, algo extremamente necessário aos líderes e gestores da organizações nos dias atuais. Porém antes de adentrarmos neste tópico, vamos “navegar” um pouco mais sobre o significado de pensamento e os tipos de pensamento mais conhecidos.

Sobre o pensar e o pensamento

Conforme a Wikipedia, pensar é uma forma de processo mental ou faculdade do sistema mental que permite aos seres modelarem sua percepção do mundo ao redor de si, e com isso lidar com ele de uma forma efetiva e de acordo com suas metas, planos e desejos. Palavras que se referem a conceitos e processos similares incluem cognição, senciência, consciência, ideia, e imaginação. O pensamento é considerado a expressão mais “palpável” do espírito humano, pois através de imagens e ideias revela justamente a vontade deste. Conforme Piaget, o pensamento é fundamental no processo de aprendizagem, ous seja, ele é construtor e construtivo do conhecimento. Além disso, o principal veículo do processo de conscientização é o pensamento. A atividade de pensar confere ao homem “asas” para mover-se no mundo e “raízes” para aprofundar-se na realidade.

Pensamento crítico

O pensamento crítico e o pensamento estratégico envolvem atividades cognitivas intencionais e orientadas para objetivos. 

Enquanto o “pensamento crítico” enfatiza a reflexão sobre o concreto o “pensamento estratégico” chama a atenção para a reflexão sobre o abstrato.

Pensamento Crítico: habilidades para “escrever, falar, compreender, analisar, refletir, sintetizar, avaliar, raciocínio moral e prático e decisão e julgamento”. Ikuenobe, P. (2001)

O pensamento crítico envolve habilidades para avaliar a precisão, autenticidade e relevância da informação. Envolve também a persistência na comparação de crenças, conhecimento ou observações em relação a um padrão normativo, a fim de identificar falhas. Beyer, B. K. (1985).

Um argumento ou declaração que pode passar por esta lista tem mais chances de ser válido:

  • Clareza (é fácil de entender?)
  • Acurácia (é possível verificar, testar ?)
  • Precisão (é específico, exato ?)
  • Relevância (é importante?)
  • Profundidade (é complexo ?)
  • Amplitude (fornece uma perspectiva?)
  • Lógica (faz sentido?)

Pensamento sistêmico

Na análise isolamos alguma coisa a fim de entendê-la. Por outro lado, organismos vivos ou sistemas sociais, inclusive organizações, não podem ser entendidos pela simples análise.

Um sistema é um todo integrado cujas propriedades essenciais surgem das relações entre suas partes, e o Pensamento Sistêmico é a compreensão de um fenômeno dentro do contexto de um todo maior.

Pensamento linear, não linear e o equilíbrio entre eles

Por pensamento linear: segue uma linha ou direção ordenada, lógica, [analítica,] inferida de pensamentos anteriores e baseada em dados tangíveis ou observáveis.

Charles M. Vance e colegas identificaram sete dimensões-chave distintas, mas altamente interativas e inter-relacionadas, do estilo de pensamento não-linear: intuição, percepção, criatividade, flexibilidade, imaginação, emoção, centrado em valores.

O equilíbrio e a versatilidade nestas habilidades de pensamento fornecem uma base essencial no apoio ao pensamento estratégico (para formulação e implementação da estratégia de negócios).

Pensamento estratégico

“O pensamento estratégico é o processo mental aplicado por um indivíduo, no contexto, para alcançar o sucesso em um jogo ou outro empreendimento. Quando aplicado em um processo de gerenciamento estratégico organizacional, o pensamento estratégico envolve a geração e aplicação de ideias e oportunidades de negócios exclusivas, com o objetivo de criar vantagem competitiva para uma empresa ou organização.” – Jeanne Liedtka

Henry Mintzberg (conforme resumido por Lawrence, 1999) argumenta que “planejamento estratégico é a programação sistemática de estratégias pré-identificadas a partir das quais um plano de ação é desenvolvido. O pensamento estratégico, por outro lado, é um processo de síntese que utiliza a intuição e a criatividade cujo resultado é uma perspectiva integrada do empreendimento.

Hamel e Prahalad (1989) referem-se ao pensamento estratégico como elaboração de arquitetura estratégica, enquanto Raimond (1996) se refere a pensamento estratégico como imaginação criativa.

Os dois diagramas abaixo, mostram a relação entre o pensamento estratégico e o planejamento estratégico.

Neste primeiro diagrama, vemos que o pensamento estratégico, divergente por abrir a mente para inúmeras possibilidades, rompe o alinhamento, com questões tipo “Por que?” e “O que?”. Enquanto que o planejamento estratégico, convergente por focar no que precisa ser feito, utiliza questões tipo “Como?” e “Quando?”.

Neste segundo diagrama, vemos não só os objetivos do pensamento estratégico e do planejamento estratégico, mas também algumas das características chave comentadas anteriormente, bem presentes.

Considerações finais

Para pensar “fora da caixinha” e trabalhar a estratégia organizacional, tão necessária para mudanças, transformação e inovação, o ideal é sair da rotina do escritório, buscar novos conhecimentos e depois ir para um lugar tranquilo, relaxante e que permita fazer questionamentos e reflexões sobre novas possibilidades para se manter competitivo, manter a longevidade da empresa de forma sustentável.

Participar de eventos, conversar sobre estratégia, inovação, liderança, gestão e tendências de comportamento, consumo e de tecnologia com profissionais qualificados nestas áreas também ajuda a mudar a mentalidade (mindset), que nos possibilitará imaginar cursos de ação para a empresa e seus negócios.

Compartilhar é um ato de amor, abraço @neigrando

Autor

Nei Grando – diretor executivo da STRATEGIUS, atua como pesquisador e curador de conteúdo, consultor, professor e palestrante sobre estratégia e novos modelos de negócios, inovação, organizações exponenciais, transformação digital e agilidade organizacional. Teve duas empresas de TI especializada no desenvolvimento de software e soluções de conectividade, onde atuou como gestor e conduziu projetos, sistemas, plataformas de negócios, portais e serviços para o Mercado de Capitais, CRM, GED, Internet-banking, Publicidade Digital, GC, e outros sob demanda. É mestre em Ciências pela FEA-USP (ênfase em inovação) com MBA pela FGV, organizador e autor do livro Empreendedorismo Inovador: Como criar Startups de Tecnologia no Brasil, e autor em outros dois.

Referências

  • Beyer, B. K. (1985). Critical thinking: What is it? Social Education, 49(4), 270-276.
  • Bowman, N. A. (2016). 4 Ways to Improve Your Strategic Thinking Skills. Harvard Business Review.
  • Ikuenobe, P. (2001). Teaching and assessing critical thinking abilities as outcomes in an informal logic course. Teaching in Higher Education, 6(1), 19-32.
  • Liedtka, J. (1998). Linking strategic thinking with strategic planning. Strategy and Leadership, October, (1), 120-129.
  • Mintzberg, H., Ahlstrand, B., Lampel, J. (2000). Safári de Estratégia. Bookman.
  • Wolters, H. M., Grome, A. P., & Hinds, R. M. (2013). Exploring Strategic Thinking: Insights to Assess, Develop, and Retain Strategic Thinkers.

Artigos Relacionados

Uma estratégia para o design da estratégia

Recentemente foi lançado o livro “Sua Estratégia precisa de uma Estratégia”, por Martin Reeves, Knut Haanes, e Janmejaya Sinha. Este livro, que li, estudei e recomento, foi baseado em anos de pesquisa no âmbito do Instituto de Estratégia do The Boston Consulting Group (BCG), conversas com clientes e levantamento detalhado com 150 grandes empresas de diversos segmentos de mercado.

Segundo os autores, a pesquisa que incluiu mais de 20 visitas detalhadas com CEOs, em que foram discutidas suas experiências e perspectivas no desenvolvimento e realização de estratégias vencedoras, foi feita em conjunto com colaboradores acadêmicos, onde investigaram insights de estratégias biológicas e evolutivas, associadas a ambientes complexos, diversificados, dinâmicos e incertos.

A principal questão levantada é: Por que considerar imprevisibilidade, maleabilidade e aridez como sendo as dimensões corretas para caracterizar o ambiente de negócios e escolher a abordagem estratégica adequada?

A perspectiva clássica pressupõe um mundo previsível. Onde faz sentido elaborar Planos Estratégicos de longo prazo e investir em análise e previsão. Considera o ambiente estável e não maleável.

Em um mundo em rápida evolução, isto é desafiado:

  1. devido a maior imprevisibilidade no atual ambiente de negócios;
  2. mudanças tecnológicas, globalização e outros fatores estão rompendo as estruturas dos setores existentes;
  3. divergências entre a estratégia e o ambiente, crises súbitas,  etc., que obriga as empresas a economizarem e se concentrarem na sobrevivência.

A pesquisa revelou que é comum aos executivos se valerem, na prática, de abordagens mais condizentes com ambientes previsíveis e estáveis mesmo quando seu mercado é sabidamente volátil ou mutável. Então, o que impede tais executivos de formular a estratégia de um jeito condizente com a situação?

Na visão dos autores, falta aos executivos um método sistemático — uma estratégia para traçar a estratégia. Considerando isso, eles apresentam um modelo que divide o pensamento e o planejamento estratégico em cinco abordagens de acordo com a previsibilidade do ambiente, o poder da empresa de mudá-lo, e a aridez ou adversidade de um contexto de crise e/ou dificuldades extremas. Com esse arcabouço, o dirigente empresarial pode casar seu estilo estratégico às condições específicas do setor, região no qual opera e unidade de negócios da empresa.

O tipo de estratégia que se desenha é limitado pelo modo como é traçada. Se entenderem bem que abordagens estratégicas existem e em que condições cada uma é adequada, mais empresas poderão empregar recursos e capacidades singulares para explorar melhor as oportunidades a seu dispor.

Colocando as variáveis de previsibilidade, adaptabilidade e adversidade (ou aridez) num quadro tridimensional, surgem as cinco grandes abordagens estratégicas — que eles rotulam de Clássica, Adaptativa, Visionária, de Formação, e de Renovação – numa Paleta de Estratégias.

Paleta de Estratégias

A abordagem Clássica

Para implantar uma abordagem estratégica clássica, as organizações devem estar em um mercado estável com bases estabelecidas de concorrência.

Esta abordagem busca uma vantagem competitiva sustentável posicionando a empresa otimamente em um mercado atrativo. Como as bases da vantagem competitiva nestes ambientes são conhecidas e não maleáveis, a vantagem pode ser baseada em uma escala superior, diferenciação (ou equivalentemente, escala dentro de um segmento de mercado menor), ou capacidades superiores.

As empresas devem implementar uma abordagem clássica em mercados relativamente estáveis e previsíveis, com bases de competição fixas. Nestes mercados não maleáveis, há um risco iminente limitado de rompimento, e as condições do setor podem ser consideradas como dadas. Entre os sinais do ambiente que uma abordagem clássica pode prosperar são setores bem estabelecidos com alto retorno para escala, estável, modelos de negócio homogêneos, e taxas de crescimento modestas.

Ela é trabalhada em um processo de três partes que consiste de análise, construção de um plano, e uma execução rigorosa. A análise é focada na atratividade do mercado, nas bases de concorrência, e na competitividade da empresa. O plano resultante prospecta estes fatores, articula a posição alvo, e mapeia os passos para alcança-la. Empresas clássicas implementam seus planos com exatidão.

Características da abordagem clássica:

  • Busca vantagem competitiva sustentável, com base em escala, diferenciação e capacidades.
  • Mercado estável, previsível com bases estabelecidas de concorrência.
  • Define a Posição Alvo e os Passos para alcança-la.
Elementos-chave Clássica
Ideia central Seja grande
Tipo de ambiente Previsível, Inflexível
Setores (mais comuns) Utilidade pública, Automotivo, Petrolífero
Indicadores da abordagem Baixo crescimento, Alta concentração, Setor desenvolvido, Regulamentação estável
Como Análise, Planejamento, Execução
Medidas do sucesso Escala, Participação de mercado
Técnicas relacionadas Curva de experiência, Matriz BCG, Cinco forças, Capacidades
Exemplos chave P&G sob Laffey, Mars sob Michaels, Quintiles sob Tom Pike, Huawei Technologies sob Guo Ping e outros.
Armadilhas chave Aplicação em excesso
[outros]

 

Planos de longo prazo, Competição, Foco em custos e rentabilidade, Estratégia definida pelo topo, Busca vantagem competitiva sustentável, Benchmarking, Mapa
Mercados promissores Reino Unido, França, EUA

A abordagem Adaptativa

Talvez a melhor hora de lançar uma estratégia adaptativa seja quando o ambiente está difícil de prever e modelar – e qualquer vantagem pode ser de curta duração.

Diferentemente da abordagem Clássica de vantagem competitiva sustentável, a abordagem Adaptativa à estratégia repousa na ideia de uma série de vantagens temporárias. Em ambientes imprevisíveis e não maleáveis, a ênfase é na experimentação contínua e ajustes em tempo real ao invés de análises e planejamentos de longo prazo.

Esta abordagem funciona quando o ambiente de negócios é difícil de predizer e de dar forma, e quando a vantagem pode ser de curto prazo. Com as mudanças substanciais nas tecnologias, necessidades de clientes, ofertas da concorrência, ou mudanças na estrutura do setor podem juntos sinalizar a necessidade de uma abordagem Adaptativa. Ambientes de negócios cada vez mais requerem este modo de pensar: atualmente, aproximadamente dois terços de todos os setores industriais experimentam alta volatilidade na demanda, classificações da concorrência, e ganhos, fazendo com que planos de longo prazo se tornem rapidamente obsoletos.

Desenvolver estratégia em um contexto adaptativo requer um processo de observação e resposta a mudanças no ambiente capturando os sinais de mudança e gerenciando um portfólio de experimentos. Empresas Adaptativas continuamente variam a forma como fazem seus negócios tentando muitas novas abordagens e então escalando e explorando as mais promissoras antes de repetir o ciclo. Empresas adaptativas bem-sucedidas superam suas rivais em desempenho iterando mais rapidamente e eficientemente.

Características da abordagem adaptativa:

  • Consiste na busca por uma série de vantagens temporárias, com ênfase na experimentação e ajustes em tempo real.
  • Ambiente difícil de prever e modelar, com vantagens de curta duração.
  • Requer observação do ambiente e respostas ao captar sinais de mudanças e experimentando novas estratégias.
Elementos-chave Adaptativa
Ideia central Seja rápida
Tipo de ambiente Imprevisível, Inflexível
Setores (mais comuns) Semicondutores, Têxtil (moda)
Indicadores da abordagem Crescimento inconstante, Concentração limitada, Setor em desenvolvimento, Alta mudança tecnológica
Como Variação, Seleção, Ampliação
Medidas do sucesso Tempo de ciclo, Índice de vitalidade de novos produtos (NPV)
Técnicas relacionadas Competição baseada no tempo, Vantagem temporária, Vantagem adaptativa
Exemplos chave Tata Consulting Services (TCS) sob Chandrasekaran, [3M sob McKnight, Zara]
Armadilhas chave Planejar o que não pode ser planejado
[outros]

 

Não se concentra em um plano/estratégia, Ênfase na experimentação, Prototipação, Apostas rápidas, Dinamismo (veloz), Exploração, Foco nos meios e não nos fins, VUCA, Big Data, Tendências
Mercados promissores Alemanha

A abordagem Visionária

Uma abordagem visionária permite que uma organização crie ou recrie uma indústria vendo uma oportunidade e persuadindo-a de maneira decidida – uma estratégia rara, mas altamente eficaz.

Esta abordagem empodera a empresa para criar e recriar um setor com algum grau de previsibilidade por ver uma oportunidade e persegui-la decididamente. Ser a primeira confere a vantagem de tamanho superior que vem estando à frente de seus concorrentes e permitindo a empresa definir os padrões do setor, influenciar as preferências dos consumidores, desenvolver uma posição superior de custos, e determinar a direção para todo o mercado. Mesmo que a abordagem Visionária seja frequentemente associada com startups, empresas grandes, cada vez mais, precisam também familiarizar-se com esta abordagem.

Implanta-se esta estratégia quando há uma oportunidade de criar um setor – quando a empresa vê o resultado como previsível e o ambiente como maleável, mesmo se outros não compartilham esta visão. Circunstâncias visionárias podem surgir quanto uma empresa identifica uma megatendência emergente antes que outros vejam ou ajam sobre ela, quando uma mudança tecnológica abre a possibilidade de reformatar o setor, ou quando clientes não considerados, insatisfeitos com as ofertas dominantes criam a possibilidade de um novo mercado.

É fundamental escolher a hora certa: empresas visionárias bem-sucedidas capitalizam as lacunas – entre o emergente de uma oportunidade, o reconhecimento e a apreciação de uma ideia, e a reação pelos jogadores estabelecidos – pela visão, construção e persistência. Primeiro, veem a oportunidade por identificar mais cedo a megatendência, aplicando uma nova tecnologia, ou atuando junto a insatisfação ou necessidade latente do cliente. Segundo, sendo o primeiro a construir uma empresa e um produto que realize a visão. E finalmente, persistindo em perseguir um objetivo fixo enquanto é flexível com os meios para superar obstáculos que não foram identificados previamente.

Características da abordagem visionária:

  • Cria e recria um setor com algum grau de previsibilidade ao enxergar uma oportunidade e persegui-la.
  • Quando a empresa vê o resultado como previsível e o ambiente como maleável. Identifica uma megatendência emergente antes dos outros – mudança tecnológica ou clientes não considerados.
  • Escolhe a hora certa: capitalizam a lacuna entre o emergente de uma oportunidade, a ideia, e a concorrência.
Elementos-chave Visionária
Ideia central Seja a primeira
Tipo de ambiente Previsível, Flexível
Setores (mais comuns) Nenhum (criar um, interromper um existente)
Indicadores da abordagem Alto potencial de crescimento, Espaço em branco sem competidores diretos, Regulamentação limitada
Como Imaginação, Criação, Persistência
Medidas do sucesso Primeira a se lançar, Satisfação dos novos clientes
Técnicas relacionadas Oceano azul, Dilema da inovação
Exemplos chave Amazon sob Bezos, Quintiles sob Gillings, [UPS (e-commerce), Intuitive Surgical, Mobiquity sob Seibel e Snyder, 23andMe sob Wojcicji, TiVo, Zipcar, …]
Armadilhas chave Visão da torcida, [Tempo certo (timing)]
[outros]

 

Visão de longo prazo, Megatendências, Meta fixa, Métodos flexíveis, Tecnologias emergentes/novas, Insatisfação de clientes no mercado, Mavericks/startups, Modelo de negócios (salto quântico), Disrupção, Velocidade, Bússola, Obstáculos
Mercados promissores Japão

A abordagem de Formação

O momento de lançar uma abordagem moldadora (ou formação) é quando há uma clara oportunidade de escrever ou reescrever as regras de uma indústria em um estágio inicial de seu desenvolvimento.

Empresas que usam a estratégia de formação moldam ou remoldam um setor influenciando o desenvolvimento do mercado em seu favor através da coordenação de outros interessados. A abordagem de formação permite e requer que a empresa colabore com outros em um ecossistema diverso que distribui risco, fornece capacidades complementares e recursos, e constrói um mercado rapidamente pela força numérica. Uma empresa de formação opera com alto grau de imprevisibilidade porque ela atua num estágio inicial de um setor em evolução e por causa da participação de múltiplos interessados que ela deve influenciar, porém sem controlar.

Implementa-se essa estratégia quando há uma oportunidade para escrever ou reescrever as regras de um setor em um estágio nascente de seu desenvolvimento. Setores altamente fragmentados, jovens e dinâmicos; setores recém rompidos; e mercados emergentes estão prontos para serem formados. As oportunidades são intrinsecamente imprevisíveis em tamanho, taxas de crescimento, lucratividade, e são maleáveis por causa das baixas barreiras de entrada e da não familiaridade de reguladores com os novos produtos. O tempo certo e o posicionamento são importantes. Estrategistas de Formação devem capturar um ponto de inflexão no estágio inicial de desenvolvimento de um mercado ou o rompimento de um existente e devem ter influência para atrair outros interessados poderosos para seu ecossistema.

Empresas de formação engajam outras empresas interessadas para criarem uma visão compartilhada no momento certo, para construir uma plataforma pela qual eles influenciarão e orquestrarão colaboração, e, finalmente, para envolver a plataforma e o ecossistema escalando-a e a mantendo flexível. Entretanto, a forma para vencer é através do desenvolvimento cooperativo do mercado e do setor por múltiplos jogadores. Da mesma forma que a abordagem Adaptativa, a estratégia de Formação eventualmente emerge de iteração contínua de três elementos: engajamento repetitivo, orquestração, e evolução do ecossistema.

Características da abordagem de formação:

  • Moldam ou remoldam o setor via coordenação de outros interessados (ecossistema).
  • Escreve ou reescreve as regras do setor em estágio nascente, em mercado imprevisível. Tempo certo, posicionamento e influência são necessários.
  • Requer engajar outras empresas em visão compartilhada para colaboração; construir uma plataforma; orquestração.
Elementos-chave Modeladora (de Formação)
Ideia central Coordene
Tipo de ambiente Imprevisível, Flexível
Setores (mais comuns) Softwares, Apps p/ smartphones, [Fragmentados, Serviços]
Indicadores da abordagem Fragmentação, Nenhum concorrente ou plataforma dominante, Regulamentação flexível
Como Envolvimento, Coordenação, Desenvolvimento
Medidas do sucesso Lucratividade e crescimento do ecossistema, NPVI
Técnicas relacionadas Redes, Ecossistemas, Plataformas, [Orquestração]
Exemplos chave Apple sob Jobs, Novo Nordisk sob Sorensen, [Red Hat sob Whitehust, Li & Fung, Allibaba (Taobao/ AliPay/ Aliyun), Facebook]
Armadilhas chave Ecossistema controlado em excesso, [Timing]
[outros]

 

Colaboração, Cocriação, Parcerias, Simbiose, Interação, Confia/Influência, Efeitos de rede, Lock-in, Stakeholders, Feedback, Conectividade, Inovação aberta, Ponto de acesso, Catalizadora
Mercados promissores China, Índia, Rússia, Brasil

A abordagem de Renovação

Uma abordagem de renovação refresca a vitalidade e a competitividade de uma organização quando está operando em um ambiente hostil e é caracterizada por duas fases distintas: sobrevivência e pivotagem para o crescimento.

Ela revitaliza e melhora a competitividade de uma empresa quando está operando em um ambiente confuso. Quando as circunstâncias são tão difíceis que a forma corrente de fazer negócio não é mais sustentável, mudando o curso para preservar e refrescar os recursos – e então redirecionar ao crescimento – é a única forma, não só de sobreviver, mas de eventualmente prosperar novamente.

Estas condições de confusão que podem surgir de um descompasso entre a abordagem estratégica da empresa com o seu ambiente, ou por causa de um choque externo ou interno podem ameaçar a sobrevivência da empresa. Embora a empresa possa não notar o perigo imediatamente, um prolongado baixo desempenho competitivo em termos de margens ou crescimento de vendas, quedas drásticas no fluxo de caixa livre, e redução na disponibilidade de capital, tudo indica que a sobrevivência da empresa está em risco a médio ou longo prazo.

Uma empresa deve primeiro notar e reagir ao ambiente em deterioração tão logo quanto possível. Assim, a empresa necessita economizar para decisivamente tratar dos impedimentos à viabilidade financeira ou mesmo a sobrevivência. Para fazer isso, a empresa deve focar o negócio, cortar custos, e preservar capital enquanto libera recursos para financiar a próxima rodada na jornada da renovação, quando precisa reiniciar seu compasso estratégico e pivotar para uma das quatro outras abordagens à estratégia.

Características da abordagem de renovação:

  • Revitaliza a empresa quando ela está operando num ambiente hostil.
  • Quando há um descompasso entre a estratégia e o ambiente, ou por causa de um choque ou crise.
  • Reagindo ao ambiente tão logo quanto possível, economizando recursos para poder voltar a prosperar, talvez pivotando para outra abordagem.

Elementos-chave

De Renovação
Ideia central Seja viável
Tipo de ambiente Adverso
Setores (mais comuns) Instituições financeiras durante a crise de 2008-2009
Indicadores da abordagem Baixo crescimento/ declínio/ crise, Financiamento restrito, Fluxo de caixa negativo
Como Reação (ou antecipação), Economia, Crescimento
Medidas do sucesso Corte de gastos, Fluxo de caixa
Técnicas relacionadas Transformação, Reviravolta
Exemplos chave Amex sob Chenault, AIG sob Bem-moche, [Bousch & Lomb sob Sounders, … preventivas …]
Armadilhas chave Não execução da fase de crescimento
[outros]

 

Transformação Digital, Sobrevivência, Sustentabilidade, Custos, Fluxo de Caixa, Ferramentas analíticas e de medição, Benchmarking, DICE, PMO, Delayering, … Prevenção

Resumo da paleta de abordagens estratégicas

Resumo da Paleta de Estratégias

A ambidestria de abordagens estratégicas

A ambidestria não é outra cor na paleta de estratégia; é uma técnica para usar cinco abordagens à estratégia em combinação uma com a outra.

Ambidestria é a habilidade de aplicar múltiplas abordagens estratégicas concorrentemente ou sucessivamente, desde que muitas empresas operam em mais de um ambiente estratégico de uma vez. Separação, permuta, auto-organização, e ecossistema externos são formas de ambidestra escolhidas conforme o grau de diversidade e dinamismo do ambiente.

Muitas empresas de grande porte operam em múltiplos ambientes que mudam rapidamente ao longo do tempo – expandindo muitas geografias diversas e categorias de produtos – e que são suportadas por um amplo conjunto de funções habilitadoras. Esta diversidade requer à empresa ser ambidestra, porque nenhuma abordagem singular à estratégia é capaz de ser aplicada a uma empresa grande em seu todo e ao longo do tempo.

A abordagem correta à ambidestria depende em quantos ambientes diferentes a empresa opera (diversidade) e quão frequente estes ambientes mudam (dinamismo). A forma de Separação significa que diferentes abordagens estratégicas são gerenciadas de cima para baixo e são executadas de forma independente, uma da outra, em diferentes divisões ou regiões geográficas. Empresas aplicando a Troca gerenciam um grupo comum de recursos que trocam entre as 5 abordagens à estratégia. Auto-organização significa que cada unidade escolhe a melhor abordagem à estratégia. Em um ecossistema, empresas fornecem diferentes abordagens estratégicas externamente para operadores que especializados na abordagem necessária.

Característica de uma empresa ambidestra:

  • A ambidestria não é outra cor da paleta, é uma técnica para usar as outras 5 em combinação.
  • Empresas de grande porte operam em diversos ambientes e com unidades de negócios e produtos distintos – requerendo abordagens distintas.
  • As escolhas dependem da diversidade dos ambientes e a frequência de mudança dos mesmos (dinamismo). Podem: separar por unidade; alternar recursos entre as abordagens; e usar de auto-organização.

Considerações finais

Este artigo mostrou outras abordagens (ou estilos) de apoio ao pensamento e planejamento da estratégia que vão além da estratégia clássica considerando a previsibilidade do ambiente, o poder da empresa de mudá-lo, e a aridez ou adversidade de um contexto de crise e/ou dificuldades extremas. Cabe ao estrategista utilizar estas novas visões bem como novos frameworks de métodos, técnicas e ferramentas disponíveis e apropriados para cada uma destas abordagens.

Se gostou, por favor, compartilhe! Abraço, @neigrando

Sobre mim: aqui, Contato: aqui.

Referências:

Este texto é fruto de estudos e resumos que fiz baseados principalmente no livro “Sua Estratégia precisa de uma Estratégia”, de Martin Reeves, Knut Haanes, e Janmejaya Sinha, da DVS Editora, e de artigos do site da consultoria Bostom Consulting Group (BCG).

Links Relacionados:

A Ferramenta Estratégica de Análise SWOT é FOFA

Recentemente tive a oportunidade de apoiar duas empresas de amigos em trabalhos de planejamento estratégico. São empresas totalmente diferentes e com problemas e necessidades também completamente diferentes, porém por se tratarem de questões estratégicas ao ajudá-los uma das ferramentas que recomendei e que foi muito útil no processo foi à análise SWOT.

“Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de ambiente), sendo usado como base para gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou empresa, mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um blog à gestão de uma multinacional.” – Wikipedia

Análise SWOT

SWOT é uma técnica de análise de ambiente interno e externo, comumente empregada em processo de planejamento estratégico para avaliação do posicionamento da organização e de sua capacidade de competição. A sigla SWOT é uma abreviação das palavras (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats) significando que serão considerados na análise pontos Fortes, pontos Fracos, Oportunidades e Ameaças. No Brasil podemos chamar esta ferramenta estratégica de FOFA (Fortes, Oportunidades, Fracos, Ameaças), mas pessoalmente confesso que gosto mais de chamá-la de SWOT.

Geralmente a análise considera a comparação da empresa com a concorrência e/ou com outras empresas do setor. Este processo é conhecido como Benchmarking que busca identificar as melhores práticas na indústria para obter um desempenho superior. Nele a empresa examina como outra empresa realiza uma função específica a fim de melhorar como realizar a mesma ou uma função semelhante. Mas não podemos esquecer que melhor do que usar uma prática existente é superá-la e para isso é preciso inovar.

Ambiente Interno

Quando analisamos o ambiente interno, devemos considerar variáveis ou fatores que a organização tem controle, sempre envolvendo recursos, capacidades e processos, como: colaboradores, especialização, tecnologia, marcas, patentes, recursos financeiros, experiência dos gestores, processos organizacionais e produtivos, informações sobre o mercado, valores ou cultura, agilidade ou capacidade de mudança. E nesta análise interna verificamos os pontos fortes e os pontos fracos.

S – Strengths = Pontos Fortes

São características positivas de destaque, na instituição, que a favorecem no cumprimento do seu propósito. Como por exemplo:

  • Marca conhecida e respeitada;
  • Produtos com qualidade superior a concorrência;
  • Rede de distribuição de cobertura nacional;
  • Presteza no atendimento a reclamações;
  • Recursos de comunicação e de logística;
  • Pessoal de excepcional competência e motivação.

W – Weaknesses = Pontos Fracos

São características negativas, na instituição, que a prejudicam no cumprimento do seu propósito. Como por exemplo:

  • Pessoal novo e mal treinado ou desmotivado;
  • Falta de documentação de processos;
  • Sistemas de TI não atendendo adequadamente as necessidades das áreas usuárias;
  • Ausência de um manual de usuário claro, do produto ou serviço;
  • Falta de local adequado para o estacionamento de clientes;
  • Ausência de recursos para pagamento via cartão de crédito;
  • Falta de integração entre os departamentos e sessões.

Ao considerar as fraquezas tenha foco nos fatos, não nas pessoas. A ideia sempre deve ser construtiva, de edificação, buscando melhorias.

Segue abaixo uma tabela de alguns itens do ambiente interno que podem ser considerados durante a análise dos pontos positivos e negativos. Estes itens estão organizados segundo as áreas de uma empresa genérica.

Mercado Forças Fraquezas
Qualidade e padronização do produto +
Aceitação do produto no mercado +
Transparência na formação de preço +
Canais de distribuição +
Políticas promocionais e divulgação +
Propaganda e força de venda +
Pesquisa de mercado +
Produção e Operações Forças Fraquezas
Controle de insumos e matérias-primas +
Capacidade de produção / Suporte +
Capacidade de utilização +
Eficiência ou Produtividade +
Estrutura do custo de produção +
Controle de estoques e reposição +
Instalações e equipamentos +
Controle de qualidade +
Inovação e flexibilização do processo produtivo +
Sistema de Informação Gerencial Forças Fraquezas
Coleta de dados e informações +
Capacidade de armazenamento de dados +
Qualidade dos dados e informações +
Integração do sistema gerencial +
Velocidade de resposta do sistema +
Administração Forças Fraquezas
Habilidade +
Experiência +
Comprometimento com os objetivos +
Trabalho em equipe +
Coordenação de esforços +
Flexibilização administrativa +
Finanças Forças Fraquezas
Liquidez / Capacidade de pagamento +
Estrutura de capital / Endividamento +
Rentabilidade +
Demonstrativos financeiros / Informações +
Comprometimento fiscal e tributário +
Análise de investimentos VPL / TIR +
Transparência dos Resultados +
Gerenciamento de risco +
Recursos Humanos Forças Fraquezas
Capacidade técnica operativa +
Sistema de gestão de recursos humanos +
Formalização contratual +
Rotatividade de pessoal +
Motivação dos trabalhadores +
Desenvolvimento técnico profissional +

Fonte: Adaptado de Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000) e Machado (2005)

Ambiente Externo

Quanto ao ambiente externo, a análise considera variáveis ou fatores que estão fora do controle da organização e que não há nada que a empresa possa fazer para mudar ou evitar. São fatores como políticas governamentais, infraestrutura, recursos logísticos, mercado, competidores, ambiente econômico, globalização e outros. Nesta análise externa verificamos as oportunidades e as ameaças, geralmente utilizando pesquisas de mercado, pesquisas na Internet, livros, estudos de caso, materiais de feiras e congressos, e outros recursos.

O – Opportunities = Oportunidades

São características que indicam como a organização pode continuar a crescer dentro de seu mercado, como por exemplo: mudança tecnológica, política governamental, padrões sociais.

Questões básicas:

  • Onde e quais são as oportunidades atrativas dentro do seu mercado?
  • Existe alguma nova tendência surgindo dentro do mercado?
  • Quais as perspectivas futuras da sua empresa que possam vir a descrever novas oportunidades?

Exemplos:

  • Incentivos governamentais à exportação;
  • Incentivos governamentais ao desenvolvimento de produtos;
  • Viés de aquecimento do mercado interno;
  • Conscientização do empresariado para explorar o mercado externo;
  • Nova tecnologia disponível para viabilização de projetos;
  • Integração com o mercado global;
  • Negociações internacionais que venham diminuir barreiras comerciais;
  • Viagens de nossos governantes com fins políticos e econômicos que aumentam a visibilidade e o comércio exterior do Brasil;
  • Melhor imagem externa do Brasil, que agora vai além de cachaça, futebol, carnaval e samba;
  • Aquecimento da economia;
  • Pré-sal e as energias renováveis; Copa do Mundo; Olimpíadas; etc.

T – Threats = Ameaças

Ninguém gosta de pensar em riscos ou ameaças, mas ainda assim nós temos de enfrentá-las, mesmo sendo fatores externos, fora de nosso controle. É vital estarmos preparados para enfrentar as ameaças durante situações de turbulência. A prevenção ajuda a reduzir os riscos de suas consequências.

Questões básicas:

  • O que seu concorrente está fazendo que prejudica seu desenvolvimento organizacional?
  • Existe alguma mudança na demanda do consumidor que pede por novas exigências de seus produtos e serviços?
  • As mudanças tecnológicas estão afetando sua posição dentro do mercado?

Exemplos:

  • Mudanças na política econômica que afeta a empresa, como por exemplo: aumento de juros;
  • Mudanças cambiais sensíveis;
  • Mudanças na regulamentação de importação e exportação no âmbito governamental, tanto no país de origem como no país de destino;
  • Entrada de concorrentes com o mesmo perfil;
  • Diminuição do poder de compra dos clientes finais;
  • Ataques terroristas que prejudiquem o comércio internacional;
  • Alterações de regulamentações relacionadas com incentivos.

Análise do Quadro

Após concluir a montagem do quadro, costuma-se fazer a análise dos fatores encontrados, cruzando:

 Pontos Fortes com Oportunidades – para potencializar as oportunidades de acordo com os pontos fortes da organização.

 Pontos Fracos com Oportunidades – para fortalecer os pontos fracos de modo que se possam aproveitar as oportunidades.

 Pontos Fortes com Ameaças – para identificar modos de diminuir as vulnerabilidades utilizando os pontos fortes.

 Pontos Fracos com Ameaças – para estabelecer um plano defensivo para evitar que as ameaças externas sejam potencializadas pelos pontos fracos.

O resultado desta análise poderá contribuir no estabelecimento dos objetivos estratégicos, metas, medidas e iniciativas, que serão usadas nos planos de ações estratégicas que serão desdobradas em ações táticas e operacionais.

E ainda, uma Força (interna) pode nos motivar a investir em um novo negócio (Oportunidade externa). Exemplo: Engenheiros qualificados (Força) permite a empresa obter um novo contrato (Oportunidade externa).

Uma Fraqueza (interna) pode ser compensada por uma Força (também interna). Exemplo: Um mau serviço de pós-venda (fraqueza) pode ser compensada produzindo produtos muito bons.

Pontos a Melhorar

Além dos elementos estratégicos identificados no SWOT, com certeza temos pontos a melhorar, que são características positivas na instituição mas não em nível suficiente para contribuir efetivamente ao cumprimento do seu propósito. Como por exemplo:

  • Qualidade da matéria prima utilizada;
  • Controle de estoques para evitar faltas;
  • Clareza nos comunicados e documentos para os clientes;
  • Iluminação e indicações visuais nas instalações;
  • Formação do pessoal que lida diretamente com os clientes;
  • Atendimento à imprensa.

Outras Ferramentas Estratégicas

Além da Análise SWOT existem outras ferramentas muito úteis para o planejamento estratégico, abaixo apresento resumidamente outras duas.

A análise PEST (política, econômica, social, tecnológica) avalia um mercado, incluindo os concorrentes, do ponto de vista de uma proposição particular ou um negócio. Ela pode ser útil antes da análise SWOT porque ajuda a identificar fatores de SWOT. PEST e SWOT são duas perspectivas diferentes, mas podem conter fatores comuns.

A análise das 5 forças competitivas de Porter – usada para análise setorial: Rivalidade entre os concorrentes; Poder de Negociação dos clientes; Poder de Negociação dos fornecedores; Ameaça de Entrada de novos concorrentes; Ameaça de produtos substitutos.

Tanto PEST como as 5 forças de Porter atuam sobre empresa e muitas vezes requerem mudanças na organização até mesmo no modelo de negócios.

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Sobre o autor

Nei Grando teve duas empresas de tecnologia, é mestre em ciências pela FEA-USP com MBA pela FGV, organizador e autor do livro Empreendedorismo Inovador, é mentor de startups e atua como consultor, professor e palestrante sobre inovação e negócios.

Detalhes: aqui, Contato: aqui.

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