Desenvolvendo Liderança baseada em Propósito

“Investir em recursos humanos e potencial de liderança para desenvolver vantagem competitiva sustentável.” – por Rajeev Dubey

Recursos Humanos (RH) são frequentemente considerados como uma função de suporte de uma organização – raramente são convidados para sentar-se na mesa estratégica. Mas restringir o RH às tarefas administrativas e a uma função de economia de custos é uma visão limitada e restringe a inovação e a entrega de valor do negócio.

Em vez disso, o RH precisa ser posicionado como um parceiro comercial estratégico, essencial para a criação de uma vantagem competitiva sustentável e um motor para o desempenho comercial.

O Grupo Mahindra cresceu de menos de meio bilhão de dólares em faturamento anual no final dos anos 1990 e no início dos anos 2000, para receitas atuais de mais de US $ 16,5 bilhões.

A capitalização de mercado aumentou 80 vezes na última década. Esse tipo de crescimento exigiu investir e desenvolver uma forte equipe de liderança central.

Uma das principais iniciativas que o Grupo empreendeu em 2009 foi a implementação de um grande programa de gestão de mudança, ‘Mahindra Rise’, que se tornou a base de seu ecossistema de talento e liderança. ‘Ascensão’ busca criar um desempenho superior de negócios sustentado e vantagem competitiva por meio de uma transformação cultural que se baseia em três atitudes, que chamamos de ‘Pilares de Ascensão’:

Essa estrutura orienta todas as nossas iniciativas de negócios e capital humano e, em seu cerne, está o desencadeamento do potencial humano por meio do empoderamento e da promoção de mudanças positivas, tanto dentro da organização quanto no ecossistema mais amplo em que operamos.

Isso aumenta a produtividade total dos fatores de nosso capital humano e é uma proposta de valor atraente na criação da cultura Rise.

O papel da cultura

A cultura corporativa desempenha um papel vital na formação do comportamento organizacional. Ele reflete a ética e os valores essenciais da empresa e é a base de como os funcionários tomam decisões de negócios de longo prazo e do dia a dia. Ter o tipo certo de cultura é, portanto, fundamental para garantir escolhas e comportamentos que reflitam os valores essenciais do negócio, levando em consideração todas as partes interessadas e contribuindo para um desempenho superior sustentável do negócio.

Mas para moldar o comportamento e capacitar as decisões produtivas que estão em linha com os valores e padrões éticos da empresa, a cultura da empresa precisa ser abrangente.

Os valores essenciais de uma empresa devem, portanto, estar alinhados a todas as alavancas de RH e funções corporativas para criar características compartilhadas em toda a organização. Isso inclui o desenho do trabalho, a estrutura organizacional, o processo de recrutamento e indução, o sistema de gestão de desempenho processo de recrutamento e indução, o sistema de gestão de desempenho, as estratégias de comunicação e o sistema de gestão de talentos. Esses valores devem então se tornar sinônimos de cultura e identidade corporativa, o que acaba afetando o comportamento diário dos funcionários. Não é suficiente se concentrar em apenas uma ou duas partes das funções da empresa. O que se deseja é uma abordagem holística que maximize as chances de criar a intenção, atitude e comportamento resultante entre os funcionários.

Então, por exemplo, se quisermos criar uma cultura de inovação onde o ‘pensamento alternativo‘ é encorajado – mas apenas a alavanca de avaliação anual está alinhada a este objetivo, e outras alavancas como comunicação, gestão de talentos e recrutamento não estão incluídas – torna improvável a criação tal organização onde o pensamento alternativo é amplamente praticado no comportamento diário e na tomada de decisões. Portanto, toda a estrutura organizacional precisa ser voltada para a inovação em todas as atividades.

Esse é um dos principais motivos pelos quais um número crescente de empresas está abandonando suas antigas burocracias de comando e controle e, em vez disso, estão adotando um modelo mais descentralizado. O princípio básico é que estruturas mais planas e descentralizadas são mais ágeis, responsivas e adaptáveis, o que ajuda a criar maiores sinergias multifuncionais e inovação.

No entanto, também pode dificultar a implementação de uma estratégia altamente focada, pois a capacidade de comandar e dirigir tropas é mais desafiadora quando descentralizada.

Esse tipo de abordagem holística de sistemas requer liderança comprometida e capacitada, e o tipo certo de cultura coesa para manter tudo unido.

Para que o RH adote um papel de liderança holístico e gere um maior alinhamento multifuncional, ele não pode se dar ao luxo de operar em um silo – como costuma fazer – porque não será capaz de inculcar o tipo certo de cultura que possibilite uma vantagem competitiva sustentável.

Como os líderes influenciam a cultura?

Existem cinco qualidades de liderança que são absolutamente críticas para capacitar os líderes a incutir e influenciar o tipo certo de cultura e capacitar os funcionários: pensamento completo, multiplicadores de engajamento, inovação, atenção plena e autenticidade. A Mahindra tem várias maneiras de medir e desenvolver essas características. Um teste psicométrico personalizado, desenvolvido para nós pela SHL (líder global em medição de talentos), avalia essas cinco qualidades de liderança. Mas, o mais importante, procuramos evidências anedóticas durante as avaliações anuais de feedback de 360 ​​graus. Também comunicamos à organização o valor dessas características.

PENSAMENTO DO CÉREBRO INTEIRO

A primeira qualidade crítica que os líderes devem ter é combinar perfeitamente o pensamento esquerdo e direito do cérebro em qualquer situação. Pessoas que fazem isso são boas com as pessoas, mas também sabem lidar com números. Eles podem pensar de forma criativa e analítica; eles têm fortes quocientes intelectuais e emocionais. Em essência, eles usam todo o cérebro.

O pensamento do cérebro inteiro é desenvolvido em grande parte por meio da exposição. Todos os anos, na Mahindra, 30 de nossos funcionários seniores vão para um retiro de uma semana em uma importante escola de negócios. Este é um programa customizado criado em conjunto com o corpo docente que usa estudos de caso de negócios e traz palestrantes convidados que exibem as qualidades de liderança que procuramos desenvolver. Em seguida, trazemos de volta para a Mahindra Leadership University, uma universidade virtual com ofertas simultâneas online e offline, para incentivar ainda mais nosso pessoal a desenvolver o pensamento do cérebro inteiro.

Uma maneira de fazer isso é tirar essas discussões da sala de aula. Por exemplo, podemos ter uma discussão que relaciona Shakespeare ao pensamento estratégico enquanto ouve jazz ao vivo em um jantar em uma galeria de arte. Para aqueles de nós que estão acostumados com as experiências estreitas da vida corporativa monótona, algo assim se torna uma experiência de cérebro inteiro. Isso nos ajuda a formar líderes que se sintam tão à vontade para falar sobre música, literatura e arte tanto quanto sobre private equity e múltiplos financeiros – e relacionar tudo com os negócios. Incentiva o pensamento que pode puxar ideias de qualquer direção.

MULTIPLICADORES DE ENGAJAMENTO

Em segundo lugar, os líderes devem ser multiplicadores de engajamento, paixão e propriedade – ao contrário do antigo estilo de comando e controle. Em vez de dar respostas, eles precisam fazer perguntas e, portanto, ser bons ouvintes, respeitosos com as ideias das outras pessoas. Não queremos líderes que acham que sabem melhor e digam aos outros o que fazer. Quando os líderes estão abertos à opinião externa e fazem perguntas, eles incentivam conversas ricas que produzem respostas diferentes e novas ideias. Isso inculca ainda mais a liderança, pois os funcionários se sentem mais à vontade para compartilhar suas ideias e assumir a responsabilidade.

INOVAÇÃO

A terceira qualidade de liderança apoia a inovação. Os líderes precisam encorajar uma cultura de assumir riscos e inovar, o que envolve saber como gerenciar o medo do fracasso – o inimigo da inovação. O fracasso não deve ser penalizado, mas sim usado como uma ferramenta de aprendizado e aproveitado para criar o sucesso.

Por exemplo, a Mahindra tem um negócio vertical que lida com carros usados ​​multimarcas. Estava indo mal, então testamos vários novos modelos de negócios, permitindo-nos cometer erros. Através de experimentação e persistência, fomos capazes de desenvolver um negócio híbrido de ‘clique e tijolo’ de sucesso. Hoje Mahindra está usando análise de dados e algoritmos para redefinir esse setor, que antes era desorganizado, com muito pouca informação estruturada disponível.

ATENÇÃO PLENA

A quarta qualidade é a atenção plena (mindfullness). Os líderes precisam ter a capacidade de se aprofundar no fluxo, estar totalmente no “aqui e agora” e estar abertos a todas as possibilidades de criação de valor. Assim, quando os líderes encontram alguém, eles dão-lhe toda a atenção, sinalizando que estão ouvindo e engajados. Quando atento, a conversa sobe para um nível mais significativo.

Quando o líder se torna tão engajado, outros são atraídos e seu foco é aumentado, o que pode impactar positivamente o desempenho geral.

AUTENTICIDADE

Então, por exemplo, se queremos criar uma cultura de inovação onde Autenticidade A quinta qualidade de liderança, e o mais importante, é criar uma cultura de confiança, onde as pessoas confiam no líder e o líder, por sua vez, confia em seu povo. O mais importante é a autenticidade e a credibilidade, “fazer o que fala“, por assim dizer. Se os líderes são pessoas verdadeiras, não há como adivinhar seu significado. A autenticidade e a genuinidade devem ser desenvolvidas encorajando os líderes a serem eles mesmos – com relação aos seus pontos fortes e fracos. Os líderes não devem ter vergonha de dizer: “Desculpe, cometi um erro e estou corrigido“. Isso encoraja os outros a se abrirem e falarem, o que aumenta a quantidade e a qualidade do diálogo.

Juntas, essas qualidades são essenciais para que os líderes capacitem outras pessoas e criem o tipo certo de cultura inovadora. Mas as qualidades de liderança podem não ser necessariamente inatas e, em alguns casos, precisam ser desenvolvidas. E tão importante quanto, os funcionários também devem aceitar a capacitação (empowerment). Então, o que o RH pode fazer para inculcar liderança que promove o ‘tipo certo de cultura’ que permite uma vantagem competitiva sustentada?

Construindo líderes e investindo em talentos

Surpreendentemente, muitos funcionários têm dificuldade em aceitar a capacitação e ascensão – afinal, é muito mais seguro fazer o que é dito -, mas o maior motivo é que eles não estão acostumados com isso. O sistema educacional, especialmente na Índia, não cria o nível de habilidades que precisamos para os recrutas começarem a trabalhar imediatamente. Esse é um fator importante a se ter em mente ao recrutar, e é preciso haver uma visão estratégica na hora de adquirir talentos.

Na Mahindra, agora estamos nos concentrando não apenas nas habilidades, mas no potencial que as pessoas trazem para a organização. Há, de fato, uma tendência no espaço de gestão de talentos de olhar mais de perto o potencial versus conjuntos de habilidades adquiridas. No entanto, isso exige um processo de seleção e recrutamento muito mais rigoroso, pois os critérios de avaliação são significativamente mais matizados.

Nosso objetivo final é buscar futuros líderes, portanto, estamos desenvolvendo todo um ecossistema que criará talentos qualificados, bem como mentalidades de liderança. Isso resultou em uma mudança de uma abordagem transacional de curto prazo para atender às necessidades organizacionais para colocar muito mais ênfase no desenvolvimento do capital humano de longo prazo alinhado à nossa estratégia de negócios.

Fazemos isso por meio de um sistema robusto de gestão de talentos com RH atuando como guardião do processo. Tentamos manter um modelo 70-20-10, ou seja, 70 por cento de ênfase em aprender fazendo (por exemplo, por meio das atribuições de trabalho com a gestão fornecendo bastante autonomia para futuros líderes), 20 por cento em coaching e mentoring e os 10 por cento restantes em treinamento formal. Essa arquitetura exige que nossos líderes de negócios se envolvam fortemente no processo de gestão de talentos.

Este modelo não é novo e a maioria dos profissionais de RH concorda com seus princípios. No entanto, raramente é executado. Muitas pessoas na área ainda tendem a colocar muita ênfase na educação formal, provavelmente porque ela é facilmente medida. Mas experiência, coaching e mentoring são muito mais importantes. As empresas precisam reconhecer o poder das oportunidades ‘70-20 ’, que não são caras e fora de alcance, mas exigem foco e dedicação. Os retornos podem ser significativos, desde que feitos de forma estratégica.

Como a Mahindra faz isso

Enquanto queremos fortalecidos e líderes inspirados, devemos também reconhecer que a competência de nossa equipe de liderança é essencial para o sucesso. Nossa abordagem para desenvolver e manter a competência é estruturada em três ângulos. O primeiro é da perspectiva da própria organização. Avaliamos nossas estratégias de negócios de longo prazo e identificamos as competências necessárias para realizar as metas e objetivos da empresa. Se não temos essas competências agora, como podemos criá-las? O segundo é olhar para nosso pipeline de talentos e compará-lo com nossas posições críticas para verificar se o pipeline é adequado para preencher essas posições. Esses dois primeiros ângulos são da perspectiva organizacional. O terceiro ângulo é a perspectiva individual, onde os indivíduos têm um plano de ação de desenvolvimento pessoal projetado para atender às suas próprias aspirações de carreira no contexto de atender às necessidades da organização como um todo.

A chave para nosso processo de gestão de talentos é sua forte ligação com nosso sistema de gestão de desempenho, que está alinhado com nossa ideais de liderança corporificados pelo programa Mahindra Rise. Nosso processo de gestão de talentos ganha vida por meio de uma rede de Conselhos de Talentos, tanto no nível de negócios quanto funcional, supervisionados pelo Conselho de Talentos da Apex, que é presidido por Anand Mahindra, o Presidente do Grupo. Isso é fundamental para nossa abordagem holística.

Há um total de 10 desses Conselhos, incluindo o Conselho Apex. Esses conselhos consistem principalmente de líderes empresariais, com o processo sendo facilitado A chave para o nosso processo de gestão de talentos é sua forte ligação com nosso sistema de gestão de desempenho, que está alinhado aos nossos ideais de liderança incorporados pelo programa Mahindra Rise. Nosso processo de gestão de talentos ganha vida por meio de uma rede de Conselhos de Talentos, tanto no nível de negócios quanto funcional, supervisionados pelo Conselho de Talentos da Apex, que é presidido por Anand Mahindra, o Presidente do Grupo. Isso é fundamental para nossa abordagem holística.

Há um total de 10 desses Conselhos, incluindo o Conselho Apex. Esses conselhos são compostos em grande parte por líderes de negócios, com o processo sendo facilitado pelo RH, para garantir que a gestão de talentos esteja alinhada às necessidades estratégicas do negócio.

Enquanto os conselhos de negócios e funcionais se reúnem regularmente ao longo do ano, o Conselho de Talentos da Apex passa cerca de duas semanas por ano interagindo e integrando as atividades dos conselhos de negócios e funcionais. A possibilidade de movimentar talentos entre negócios, funções e geografias é uma parte importante das conversas que acontecem durante essas interações, especialmente porque a movimentação intersetorial é essencial para ganhar a experiência e a exposição necessárias para construir liderança.

Tentamos alinhar a carreira de um indivíduo com suas aspirações e pontos fortes. Esse tipo de abordagem estruturada de gestão de talentos nos permite criar uma situação ganha-ganha para a organização e para o indivíduo.

Há uma quantidade enorme de rigor em nosso processo de gestão de talentos. Nos primeiros anos, houve ceticismo e alguma resistência por parte dos líderes empresariais, que achavam que seu tempo poderia ser melhor utilizado atendendo aos imperativos do negócio em vez do talento humano. Mas, à medida que se aprofundaram no processo, começaram a perceber o imenso valor desse exercício. Hoje, a Mahindra pode reivindicar com razão que esta é uma parte vital e integrante da forma como fazemos negócios e cria vantagem competitiva nos negócios em que operamos. No entanto, esta não foi uma vitória rápida; foi uma mudança gradual de mentalidade que levou tempo.

Um desenvolvimento importante foi a criação da Mahindra Leadership University, que se concentra no desenvolvimento de liderança e capacidade de domínio em todos os níveis. A pedagogia é baseada em nossa crença nos ‘3Es’ (Experiência, Exposição e Educação), que, claro, é uma personificação da abordagem 70-20-10 de aprendizagem e nos ajuda a criar uma experiência única de ‘One Mahindra Learning’ para nossos funcionários.

Com o objetivo de sustentar um pipeline de liderança rico e robusto, criamos programas que nos ajudam a identificar talentos em um estágio inicial e a investir neles para desenvolver os líderes de amanhã. Como exemplo, no nível do Grupo, temos o Mahindra Group Management Cadre (GMC), que é um programa de liderança de elite voltado para a formação de jovens talentos selecionados nas principais escolas de negócios. Apoiamos esses jovens mulheres e homens na realização de seu potencial, proporcionando-lhes uma diversidade de experiências para moldar suas carreiras e complementando essas experiências com coaching, mentoria e insumos de conhecimento que abrangem diversas disciplinas e ambientes multiculturais. Nós os colocamos em posições-chave em todo o Grupo para alavancar suas carreiras e capacitá-los para ‘Crescer’ e deixar uma marca no Grupo.

Nos vários níveis de negócios / setor, temos programas focados, como o programa Early Leaders e o programa Young CEO, que identificam e desenvolvem funcionários de alto potencial com o objetivo de construir um pipeline de liderança desde os níveis de gestão júnior. E para líderes seniores, temos programas como o programa Mahindra Universe (um programa personalizado na Harvard Business School), que acontece todos os anos, junto com alguns outros programas muito respeitados, um dos quais é executado na Índia pela Ross School of Business.

Medindo o retorno sobre o capital humano

Hoje somos reconhecidos como tendo alguns dos melhores processos de gestão de pessoas do mundo. A Mahindra foi recentemente classificada pela Aon Hewitt como uma das 10 maiores empresas globalmente para a criação de líderes.

Nossa abordagem é investir em talentos em todos os níveis, e não nos limitar apenas a líderes seniores ou com alto potencial. Temos uma abordagem em escada para o desenvolvimento, em que intervenções relevantes são fornecidas em cada nível de gestão, desde a gestão júnior até os líderes mais antigos. Acreditamos que, enquanto as pessoas estiverem com a Mahindra, elas devem ter todas as oportunidades de serem produtivas e inovadoras e ter perspectivas de carreira empolgantes. Nossos funcionários precisam ver que muito valor está sendo agregado a eles e reconhecer que, enquanto eles estão conosco, nós os capacitamos a dar 100 por cento de si.

Também não posso exagerar a importância de investir no desenvolvimento de uma boa liderança.

E, portanto, embora seja extremamente difícil medir o retorno de curto prazo (especialmente para programas de liderança), seria um erro não fazer investimentos inteligentes em tais programas. Embora no curto prazo esses programas sejam demorados e frequentemente caros, no longo prazo – digamos, em um período de 10 anos – deve ficar claro que eles beneficiam os negócios. Afinal, uma empresa que desenvolve fortes qualidades de liderança será capaz de criar o tipo “certo” de cultura e que influencia o desempenho para criar uma vantagem competitiva sustentada de longo prazo. Para nós, esta é a ‘Cultura de Ascensão’.

Mas o treinamento e o desenvolvimento de liderança são apenas uma parte. Acho que é importante usar uma estrutura holística.

Para que o RH seja realmente bem-sucedido em possibilitar a vantagem competitiva de uma empresa, todas as alavancas de RH devem estar alinhadas. E não apenas isso deve estar alinhado, mas os líderes de RH também devem saber como equilibrar o curto e o longo prazo.

Quanto disso é ciência e quanto é arte, não sei. Mas como já fizemos no passado, sugerimos continuar experimentando.

Este artigo foi escrito por “Rajeev Dubey é presidente do Grupo de RH, Serviços Corporativos e Pós-mercado e membro do Conselho Executivo do Grupo, Mahindra Rise, Mahindra & Mahindra Ltd,”, com o título original de: “Developing leaders: Lessons from Mahindra & Mahindra” e postado em Singapore Management University, Institutional Knowledge at Singapore Management University, compartilhado por Cláudo Dipolitto e traduzido por Nei Grando.

5 disciplinas para Aprendizagem Organizacional

Ao rever o meu artigo recente “Por uma Cultura Organizacional +Digital“, lembrei-me da importância da aprendizagem, do conhecimento e de “As Cinco Disciplinas das Organizações que Aprendem” do livro “A quinta disciplina”, de Peter Senge, que continuam válidas na nova economia do seculo 21: Pensamento Sistêmico, Visão Compartilhada, Domínio Pessoal, Modelos Mentais, e Aprendizagem em Equipe.

As cinco disciplinas de aprendizagem organizacional

Decidi então fornecer um resumo destas disciplinas, não meu, mas do próprio Peter Senge em seu livro e que podem ser muito úteis às organizações que entendem e valorizam a aprendizagem em sua Cultura Organizacional, conforme segue:

Organizações que aprendem, são organizações que têm capacidade de aprender, renovar e inovar continuamente. A ideia é sanar as deficiências de aprendizagem, começando pela sua identificação e pela posterior aplicação de algumas técnicas que exercitem um raciocínio sistêmico, o qual permitirá o desenvolvimento das outras disciplinas.

As cinco disciplinas

Domínio Pessoal – Trata-se da capacidade das pessoas em alcançar alto nível de domínio pessoal, comprometendo-se com seu próprio aprendizado ao longo da vida. Senge atribui às tradições espirituais, as raízes desta disciplina. É a disciplina de continuamente esclarecer e aprofundar nossa visão pessoal, de concentrar nossas energias, de desenvolver paciência, de ver a realidade objetivamente, expandir capacidades para obter os resultados desejados e estimular os outros a fazer o mesmo.

Modelos Mentais – Todos nós temos “modelos mentais” que vamos formando durante nossa vida e que vão criando raízes em nossa mente, cada vez mais firmemente. É justamente em decorrência deste fenômeno que nos parece bastante difícil, quando já adultos, promovermos drásticas alterações em nossos modelos mentais. São pressupostos profundamente arraigados, generalizações ou mesmo imagens que influenciam nossa forma de ver o mundo e de agir. É necessário refletir, esclarecer continuamente e melhorar a imagem que cada um tem do mundo vendo como moldar atos e decisões. Numa organização, gerentes podem discutir seus modelos mentais arraigados e, em conjunto, tentar muda-los para o bem do grupo e da empresa. Saber sobre estes modelos, ensina aos líderes a aprender como é contraproducente tentar ditar uma visão, por melhor que sejam as suas intenções.

Visão Compartilhada – Esta, pode ser uma iniciativa organizacional saudável e mais fácil de implementar. Diz respeito a traduzir a visão individual na construção de uma visão compartilhada,  um conjunto de princípios e práticas orientadoras, direcionadas a um mesmo objetivo futuro, benéfico para o grupo. O princípio que voga nesta “disciplina” é que, no grupo organizacional, estimula-se um compromisso genuíno e um verdadeiro envolvimento, não apenas a aceitação tácita de uma orientação que vem de cima. A ideia é elaborar princípios e diretrizes que estimulam o engajamento do grupo em relação ao futuro que se procura. Envolve as habilidades de descobrir “imagens de futuro” que quando são compartilhadas estimulam o compromisso genuíno e o envolvimento, em lugar da mera aceitação.

Aprendizagem em Equipe – Este princípio defende, em suma, o diálogo entre os componentes das equipes que compõem a organização, privilegiando o pensamento conjunto, em sobreposição de valorização ao das idéias individualizadas, preconcebidas. A aprendizagem  em equipe é vital, pois as equipes, e não os indivíduos, são a unidade de aprendizagem fundamental nas organizações modernas. Isto é muito importante, pois se as equipes não tiverem capacidade de aprender, a organização não a terá. A idéia é transformar as aptidões coletivas ligadas a pensamento e comunicação, para que grupos desenvolvam inteligência e capacidades. Esta disciplina começa pelo diálogo, a capacidade dos membros de deixarem de lado as idéias preconcebidas e participarem de um verdadeiro “pensar em conjunto”. As equipes (e não os indivíduos) são a unidade de aprendizagem fundamental nas organizações modernas.

Pensamento Sistêmico – As empresas são um sistema composto por inúmeras partes e que estas, de certa forma, estão conectadas umas às outras, por “fios invisíveis”. E essa conexão entre as partes impõe que toda organização alcance um patamar de educação interna tal, que cada colaborador tenha a capacidade de “ver” o todo empresarial como uma só entidade, e não diferenciado por setores, departamentos, divisões etc. A idéia é criar uma forma de analisar e linguagem para descrever e compreender forças e inter-relações que modelam o comportamento dos sistemas. Esclarecer os padrões como um todo nos ajuda a ver como modifica-los efetivamente.

Segundo Senge são cinco as principais deficiência do processo de aprendizagem nas organizações:

  1. Eu sou meu cargo: limitação a função e falta de objetivos
  2. O inimigo estar lá fora: a culpa é sempre dos outros
  3. A fixação em eventos: ênfase no curto prazo
  4. A não conscientização das mudanças: falta de atenção às sutilizas e aos indicadores de longo prazo
  5. O mito da equipe administrativa: vai bem nas rotinas, mas não nas situações difíceis

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Referência:

Senge, Peter. A Quinta Disciplina, 1998, p. 40-46.

Outros artigos relacionados:

A Ideologia Central da Empresa e a Estratégia: Missão, Valores e Visão

“Se você não sabe para onde vai, todos os caminhos te levam para lugar nenhum.” – Henry Kissinger

“Por trás de toda empresa de sucesso existe uma estratégia eficaz.” – Michael Cusumano

Gosto de alinhar teoria e prática, planejamento e ação. Sempre gostei de desenvolver negócios e projetos complexos de tecnologia. Assim fui descobrindo ao longo do tempo que eles requerem o uso de melhores práticas, planejamento e gestão de projetos, e que incluem: pessoas, recursos físicos e financeiros, escopo claro, qualidade, etc. Mas nos negócios tem algo que precede tudo isso: a estratégia. E o que precede a estratégia? Como reduzir os riscos estratégicos? Como engajar as pessoas?

Ao se pensar em estratégia, lembramos logo dos objetivos estratégicos e das etapas de planejamento/gestão e execução da estratégia da empresa que incluem: um Diagnóstico/revisão; a Formulação/estruturação e balanceamento; Preparação/revisão e divulgação; Implantação/execução; Integração/desdobramento; Automação; e Acompanhamento. Estes assuntos são muito importantes e pretendo resumi-los no próximo artigo. Neste post quero apresentar os alicerces necessários para a construção de uma estratégia bem sucedida. O artigo procura esclarecer e ajuda a preparar/revisar as declarações de Missão, Valores e Visão de uma organização.

Intenção Estratégica

A intenção estratégica é fundamental, pois contém a ideologia central da empresa, ou seja, os alicerces da estratégia que são: o Negócio, a Missão, os Princípios / Valores, e a Visão de Futuro.

“Nossas pesquisas mostraram que um elemento fundamental para o funcionamento perfeito de uma empresa visionária é uma ideologia central valores centrais e um objetivo além de simplesmente ganhar dinheiro – que orienta e inspira as pessoas em toda a organização e permanece praticamente inalterada durante muito tempo.” – do livro: Feitas para Durar: Práticas bem sucedidas de empresas visionárias – J. Collins e J.Porras – Editora Rocco

A intenção estratégica influencia o comportamento e as atitudes dos colaboradores.

Negócio: O que nossa organização se propõe a fazer?

“Se queremos saber sobre um negócio, temos que começar com um propósito. E o seu propósito deve estar fora do negócio em si. Na verdade, ele deve estar na sociedade, pois uma empresa é um órgão da sociedade ….. lucro não é a explicação, causa ou razão de comportamento de negócios e decisões de negócios, mas o teste de sua validade.“ – Peter Drucker

Um negócio precisa ser visto como um processo de satisfação do cliente e interessados, não como um processo de produção de mercadorias. Ele deve buscar atender às necessidades demandadas pela sociedade e não se focar em produtos que são transitórios.

Por exemplo, algumas ferrovias acreditavam que estavam no negócio ferroviário, com isso deixaram de prestar a atenção a outros meios de transporte. Algumas empresas da indústria petrolífera viam seu negócio como sendo apenas o de extração de petróleo, com isso deixaram de ver outras formas de produção de energia.

Conceito Restrito versus Conceito Amplo de Negócio:

  • Xerox: de “fazer copiadoras” para “aumentar a produtividade de escritórios”
  • Standar Oil: de “vender gasolina” para “fornecer energia”
  • Columbia Pictures: “de “fazer filmes” para “comercializar entretenimento”
  • Revlon:  de “vender cosméticos” para “oferecer beleza”

Evolução do conceito de Negócio da IBM:

  • Início da década de 50: computadores.
  • Final da década de 50: processamento de dados
  • Inicio da década de 60: manipulação de informações.
  • Final da década de 60: solução de problemas de processamento de dados.
  • Inicio da década de 70: minimização de riscos
  • Final da década de 70: desenvolvimento de alternativas
  • Década de 80: otimização de negócios
  • Inicio da década de 90: desenvolvimento de novos negócios das empresas
  • Final da década de 90: oferecer soluções criativas e inovadoras para as necessidades de informação dos clientes.

Qual o Ramo / Setor de atuação? Qual é o negócio da empresa?

Missão: Quem somos, Por que existimos?

Segundo Robert S. Kaplan, a missão da organização é uma declaração concisa, com foco interno, da razão de ser da organização, do propósito básico para o qual se direcionam suas atividades e dos valores que orientam as atividades dos colaboradores. A missão também deve descrever como a organização espera competir no mercado e fornecer valor aos clientes.

Idalberto Chiavenato nos diz que a missão é o elemento que traduz as responsabilidades e pretensões da organização junto ao ambiente e define “negócio”, delimitando o seu ambiente de atuação. A missão da organização representa sua razão de ser, o seu papel na sociedade.

É a declaração do propósito e do alcance da empresa em termos de produto e de mercado. Ela se refere ao papel da empresa dentro da sociedade em que está envolvida e significa a sua razão de ser e existir. Deve ser definida em termos de satisfazer a alguma necessidade do ambiente externo e não em termos de oferecer algum produto ou serviço. A missão está associada ao negócio da empresa.

Ou seja a missão expressa:

  • A Razão de Ser da organização.
  • A vocação (chamamento), ou seja, o chamado da alma da empresa.
  • O por que ela existe e o para que ela existe.

A missão busca satisfazer demandas por energia, abrigo, comunicação, alimentação, transporte, entretenimento, saúde, etc.

Redigir a missão da empresa não é um processo de criação, mas de revelação, pois este é o ato de descortinar a alma da empresa, que dá o sentido para o engajamento dos colaboradores. A cada revisão do texto, o mesmo é ajustado para aprimorar o Propósito, mas na sua essência, provavelmente permanecerá a mesma ao longo dos anos. Para surtir efeito, a missão precisa ser vivida pela organização.

Questões para refletir ao elaborar a missão:

  • Qual a razão de ser da empresa?
  • Qual é o papel da empresa na sociedade?
  • Qual é a natureza do negócio da empresa?
  • Qual a demanda genérica da sociedade que a empresa deseja atender?

Exemplos recentes de Missão de empresas:

  • Cirque Du Soleil: “Invocar o imaginário, estimular os sentidos e despertar a emoção das pessoas ao redor do mundo.”
  • Google: “Organizar as informações do mundo e torná-las mundialmente acessíveis e úteis.”
  • Yahoo: “Conectar pessoas às suas paixões, comunidades e o conhecimento do mundo.”
  • Bematech: “Tornar o varejo mais eficiente.”
  • Ikea: “Criar um dia a dia melhor para todas as pessoas. Para isso …”
  • Nespresso: “Proporcionar o café perfeito.”
  • Nike: “Experimentar a emoção da competição, da vitória e de vencer adversários.”
  • Sony: “Experimentar a satisfação de progredir e aplicar a tecnologia em benefício da população.”
  • 3M: ”Resolver problemas não solucionados de forma inovadora.”
  • Hewlett-Packard: “Oferecer contribuições técnicas para o progresso e bem-estar a humanidade.”
  • Walt Disney: “Fazer as pessoas felizes.”

Porque a declaração da missão é importante? Quais são os benefícios de uma missão?

  • Ajuda a concentrar o esforço das pessoas para uma direção, ao explicar os principais compromissos da empresa.
  • Afasta o risco de buscar propósitos conflitantes, pois evita desgastes e conflitos durante a execução do plano estratégico.
  • Prioriza a alocação de recursos.
  • Embasa a formulação das políticas e dos objetivos organizacionais.

Princípios e Valores: Quais serão nossas atitudes e comportamentos ao longo da jornada?

É o conjunto de conceitos, filosofias e crenças gerais que a organização respeita e emprega e está acima das práticas cotidianas, na busca de ganhos de curto prazo. São ideais eternos, que servem de orientação e inspiração para as gerações futuras da organização. São os princípios que ela não está disposta a abrir mão, como ética e honestidade. Corresponde aos atributos e às virtudes da empresa, como a prática da transparência, respeito à diversidade, cultura para a qualidade ou respeito ao meio-ambiente. Os valores são os princípios que estabelecem como vamos nos comportar, como trabalhamos e como fazemos negócios na empresa. Eles devem ser identificados no DNA da empresa.

Os dez princípios do Google – detalhes em: Google – Nossa filosofia – Dez verdades em que acreditamos

  1. Concentre-se no usuário e tudo mais virá.
  2. É melhor fazer algo realmente bem.
  3. Rápido é melhor que devagar.
  4. A democracia funciona na web.
  5. Você não precisa estar em sua escrivaninha para precisar de uma resposta.
  6. É possível fazer dinheiro sem fazer o mal.
  7. Sempre haverá mais informações.
  8. A busca por informações cruza todas as fronteiras.
  9. É possível ser sério sem usar terno.
  10. Excelente ainda não é o suficiente.

Outro exemplo é o do Grupo RBS, que compartilha a aspiração empresarial e as novas diretrizes com seus colaboradores, com estes valores: Fazer o que é certo, Conexão com as pessoas, O nosso coração pulsa, Todos pelos clientes, Realizar crescimento sustentado e Desenvolvimento coletivo.

Observe que os executivos e colaboradores representam os reais Valores da empresa em seus comportamentos e as empresas acabam atraindo pessoas com Valores similares aos de fato praticados pela organização, e não somente aqueles que são escritos e divulgados. E a identificação dos Valores pelos clientes, investidores e fornecedores produz a confiança necessária para os negócios.

Portanto, juntos Missão e Valores estruturam a alma da organização.

Visão de futuro do negócio: O que queremos ser? Onde queremos chegar?

Segundo Robert S. Kaplan, a visão da organização é uma declaração concisa que define as metas a médio e longo prazos da empresa. A visão deve representar a percepção externa, ser orientada para o mercado e deve expressar – geralmente em termos motivadores ou “visionários” – como a organização quer ser percebida no mundo.

Idalberto Chiavenatto nos diz que a visão organizacional, ou visão do negócio é o sonho acalentado pela organização. Ela refere-se aquilo que a organização deseja ser no futuro. É a fonte inspiradora que explica de por que, diariamente, todos se levantam e dedicam a maior parte de seus dias para o sucesso da organização onde trabalham, investem ou fazem negócio. Ela deve estar alinhada com os interesses de todos os envolvidos com a organização (stakeholders) para atender a seus propósitos. A visão deve ser coerente com o comportamento empresarial e merecer total credibilidade. Muitas vezes a visão é expressa em slogans.

Uma visão bem articulada, disseminada e corretamente utilizada no exercício da liderança gera impactos efetivos no desempenho das organizações, e de fato contribui para um senso de urgência necessário para engajar e mobilizar as pessoas na execução da estratégia. Uma visão eficaz é imaginável, desejável, viável, focada, precisa e comunicável. A visão indica o que a empresa gostaria de se tornar e como gostaria de ser reconhecida pelo mercado, e almeja uma posição superior à atual, como por exemplo:

  • Nespresso: “Ser preferida e respeitada como a empresa líder de qualidade no mercado de café porcionado e tornar-se o ícone de café perfeito no mundo.”
  • Ritz-Carlton: “Ser o líder mundial em prover viagens, produtos e serviços de hospitalidade de luxo.”

Durante o planejamento estratégico a Visão ajuda a dar sentido à mudança dando energia à mobilização.

A visão de negócios associada a uma declaração de missão compõe a intenção estratégica da empresa.

Diferenças entre Missão e Visão

Segue uma lista que ajuda a esclarecer as diferenças entre Missão e Visão organizacional:

  • A visão é o que se almeja ou sonha para o negócio, enquanto a missão o identifica;
  • A visão diz para onde vamos, a missão diz onde estamos;
  • A visão é o “passaporte” para o futuro, enquanto a missão é a “carteira de identidade” da empresa;
  • A missão dá energia para a empresa, enquanto a visão dá rumo a ela;
  • A visão é inspiradora, enquanto a missão é motivadora.

Conclusão

Como vimos acima, as declarações de Missão, Visão e Valores de uma empresa não podem ser feitas de qualquer jeito, apenas com palavras bonitas, emolduradas num quadro e penduradas na parede de uma recepção. Devem estar presente na mente e nos corações dos proprietários, gestores e colaboradores da empresa e se possível também na mente e corações dos clientes e dos parceiros comerciais.

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 Livros relacionados

  • Planejamento Estratégico, por Idalberto Chiavenato
  • Mapas Estratégicos, por Robert S. Kaplan, David P. Norton
  • Fazendo a Estratégia Acontecer, por Fernando Luzio

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